{"title":"库里蒂巴共和国的诗学,“苦橙”,“不育的玉米芯”,“永恒的耻辱”:道尔顿·特雷维桑半八","authors":"J. Wolff","doi":"10.19177/rcc.v13e1201847-57","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A partir da expressão “República de Curitiba”, forjada por Luís Inácio Lula da Silva, preso desde abril na cidade e personagem deste ensaio, propõe-se uma reflexão em torno da relação literatura-política com base na obra do escritor Dalton Trevisan, que em 1968 publicou dois livros em um (Desastres do amor e Mistérios de Curitiba) pela editora Civilização Brasileira de Ênio Silveira. Tomando como principal objeto o texto em tom bíblico profano dedicado à destruição da cidade que abre o segundo livro, “Lamentações de Curitiba”, postula-se uma relação entre as espadas desembainhadas nas “Lamentações” e durante as passeatas do movimento estudantil há cinquenta anos no Rio de Janeiro, com forte adesão da classe intelectual, que provocariam o endurecimento do regime militar instalado no poder desde 1964. Os relatos de Dalton Trevisan são vistos da perspectiva das escrituras do desastre segundo Blanchot e da poesia como vida-morte segundo Bataille, juntamente com a fusão de prosa e poesia que se pode ler em Waldman e Agamben.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2018-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Poética da República de Curitiba, “laranja azeda”, “sabugo estéril”, “vergonha eterna”: Dalton Trevisan Meia-Oito\",\"authors\":\"J. Wolff\",\"doi\":\"10.19177/rcc.v13e1201847-57\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A partir da expressão “República de Curitiba”, forjada por Luís Inácio Lula da Silva, preso desde abril na cidade e personagem deste ensaio, propõe-se uma reflexão em torno da relação literatura-política com base na obra do escritor Dalton Trevisan, que em 1968 publicou dois livros em um (Desastres do amor e Mistérios de Curitiba) pela editora Civilização Brasileira de Ênio Silveira. Tomando como principal objeto o texto em tom bíblico profano dedicado à destruição da cidade que abre o segundo livro, “Lamentações de Curitiba”, postula-se uma relação entre as espadas desembainhadas nas “Lamentações” e durante as passeatas do movimento estudantil há cinquenta anos no Rio de Janeiro, com forte adesão da classe intelectual, que provocariam o endurecimento do regime militar instalado no poder desde 1964. Os relatos de Dalton Trevisan são vistos da perspectiva das escrituras do desastre segundo Blanchot e da poesia como vida-morte segundo Bataille, juntamente com a fusão de prosa e poesia que se pode ler em Waldman e Agamben.\",\"PeriodicalId\":55625,\"journal\":{\"name\":\"Revista Critica Cultural\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2018-06-29\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Critica Cultural\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.19177/rcc.v13e1201847-57\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LITERARY THEORY & CRITICISM\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Critica Cultural","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.19177/rcc.v13e1201847-57","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERARY THEORY & CRITICISM","Score":null,"Total":0}
Poética da República de Curitiba, “laranja azeda”, “sabugo estéril”, “vergonha eterna”: Dalton Trevisan Meia-Oito
A partir da expressão “República de Curitiba”, forjada por Luís Inácio Lula da Silva, preso desde abril na cidade e personagem deste ensaio, propõe-se uma reflexão em torno da relação literatura-política com base na obra do escritor Dalton Trevisan, que em 1968 publicou dois livros em um (Desastres do amor e Mistérios de Curitiba) pela editora Civilização Brasileira de Ênio Silveira. Tomando como principal objeto o texto em tom bíblico profano dedicado à destruição da cidade que abre o segundo livro, “Lamentações de Curitiba”, postula-se uma relação entre as espadas desembainhadas nas “Lamentações” e durante as passeatas do movimento estudantil há cinquenta anos no Rio de Janeiro, com forte adesão da classe intelectual, que provocariam o endurecimento do regime militar instalado no poder desde 1964. Os relatos de Dalton Trevisan são vistos da perspectiva das escrituras do desastre segundo Blanchot e da poesia como vida-morte segundo Bataille, juntamente com a fusão de prosa e poesia que se pode ler em Waldman e Agamben.