Cristina Pereira de Araujo, Tiago Delácio, Bárbara Rodrigues
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Este artigo se propõe a abordar o uso dos espaços públicos pelos movimentos organizados que conduziram milhares de pessoas às ruas entre março de 2015 e março de 2016, situações que culminaram no impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Parte da premissa de que, embora a organização dessas manifestações tenha ocorrido por meio das redes sociais, foi na apropriação do espaço público pelos respectivos grupos que elas se concretizaram. De uma forma mais tímida, por conta da pandemia de COVID-19, os manifestantes voltaram às ruas no ano de 2020. Para a pesquisa, utilizou-se do aporte teórico acerca da estruturação do espaço urbano e de sua dimensão simbólica, seguida da compilação das informações referentes às manifestações por meio dos grandes jornais em circulação. O balanço que se faz é que o local das manifestações seguiu a lógica simbólica da estruturação do espaço urbano, pois o grupo contrário ao impeachmentteve seu espaço de manifestação associado ao centro principal das cidades e os grupos que exigiam a retirada da Presidenta se ocuparam dos espaços identificados com a reprodução do capital financeiro e/ou moradia das elites – lógica mantida durante as manifestações ocorridas no ano de 2020.