Alana Frota Santos, Daniela Monteiro Ferreira, Liliana Soares Nogueira Paes
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Prematuridade e co-morbidades: importância de estratégias precoces em sala de parto de maternidade terciária
Objetivos: conhecer o desfecho dos recém-nascidos prematuros que receberam pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) na sala de parto, caracterizar o perfil desses neonatos e comparar seus desfechos com os intubados em sala de parto. Metodologia: estudo longitudinal, retrospectivo, com dados coletados em prontuários de prematuros nascidos de janeiro a junho de 2020. Resultados: Analisaram-se 160 neonatos, 113 com CPAP precoce (grupo 1) e 47 intubados em sala de parto (grupo 2). No grupo 1, 25,7% foram muito prematuros, 42,5% prematuros moderados, com média de peso de 1.927,2 ± 625,7 gramas. 40,7% receberam diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório, desses, 34,8% fizeram surfactante. 15,9% tiveram falha de CPAP e foram intubados nos primeiros dias de vida. Desenvolveram displasia broncopulmonar 4,4% dos neonatos do grupo 1 e, 19,1% daqueles no grupo 2. Evoluíram à óbito 2,7% dos prematuros com CPAP precoce e 19,1% dos intubados precocemente. A média de internamento foi de 23,6 ± 21,8 dias (grupo 1) e 62,9 ± 54,3 dias (grupo 2). Conclusão: CPAP precoce em prematuros pode melhorar prognóstico dos neonatos. A maioria dos pacientes são prematuros moderados e houve diferença estatística entre os grupos quanto às morbidades avaliadas no desfecho.