J. Oliveira, Thiago Vinicius Rodrigues de Vasconcelos
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O artigo pretende aproximar duas visões teóricas geralmente contrapostas e consideradas incompatíveis: a filosofia (de Hans Jonas) e o pensamento indígena (ameríndio). Para tanto, pretende-se demostrar as similaridades dessas duas posições em torno da interpretação do animal humano e não-humano, a partir do fio condutor da interioridade da vida que, no caso de Jonas conduz à análise do conceito de liberdade e do antropomorfismo e, no caso dos indígenas, ao xamanismo. Entre eles, a noção de perspectivismo acentua os benefícios dessa estratégia: uma compreensão mais aprofundada e rica da história cultural do ocidente (da qual ambas as perspectivas fazem parte) e uma maior sensibilidade em relação ao urgente apelo da vida, que nos chega das ameaças de destruição dos povos originários e da natureza em geral.