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AMAZÔNIA: um ensaio sobre variabilidade socioespacial e sobre indicadores potenciais ao Antropoceno
A expansão do Ser Humano na Amazônia brasileira tem produzido uma gama de transformações antropogênicas no âmbito de seus ambientes naturais, as quais, considerando a amplitude têmporo-espacial de suas ocorrências, têm despertado interesses proeminentes, quanto à origem, à diversidade e à durabilidade de seus efeitos. O trabalho tem, como objetivo, realizar o mapeamento de indícios antropogênicos e a proposição de indicadores, passíveis de associação a preceitos do Antropoceno, ao longo do Holoceno. A pesquisa partiu da identificação e da espacialização de um conjunto de evidências arqueoecológicas, sob abordagens retrospectiva, holística e integradora de variáveis, relacionadas a aspectos naturais, antrópicos e socioespaciais, com vistas à mensuração e à periodização dos padrões de uso dos recursos naturais, considerando, como substrato de análise espacial, os Domínios Naturais da Amazônia Brasileira (DNAB). O estudo revelou uma dinâmica socioespacial ampla e diversa, com um nível antropogênico significativo de aproximadamente 70%, representado por sistemas humanizados e por paisagens seminaturais; estas, muitas vezes, embutidas em ecossistemas aparentemente naturais.