{"title":"通过Valmor和市政建筑奖确认钢筋混凝土作为20世纪的遗产价值","authors":"Luís Almeida, Manuel Vieira","doi":"10.4000/arquivomunicipal.647","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Estes registos permitem constatar a evolução dos betões, ao longo da história, relacionada com a descoberta e utilização de novos materiais de características aglomerantes e com requisitos de desempenho nas construções. Tendo conhecido um interregno após a sua utilização pelos Romanos, é durante o século XIX que o emprego do betão é renovado com a introdução do cimento Portland, cuja patente foi registada em 1824 pelo inglês Joseph Aspdin. A aplicação deste ligante hidráulico permitiria ao betão adquirir características físicas e mecânicas únicas que, quando se juntasse uma armadura metálica devidamente dimensionada, o seu conjunto tornar-se-ia num compósito capaz de resistir a esforços, quer de compressão, quer de tração, sendo estas características de resistência fundamentais para potenciar o seu desempenho. Este material compósito, denominado betão armado, segundo Antero Ferreira, “havia de processar-se ao serviço e pela via dos objectivos tidos por menos nobres e culturalmente pouco representativos: entrepostos e armazéns, silos, pontes, fábricas, constituirão o meio experimental e o apagado veículo de introdução do material” (Ferreira, 1972, p. 21). O betão armado, cujas potencialidades estruturais se afirmavam, evidenciando virtuosas qualidades plásticas, conquistava o seu espaço próprio no curso da história da engenharia e da arquitetura.","PeriodicalId":53350,"journal":{"name":"Cadernos do Arquivo Municipal","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A afirmação do betão armado como valor patrimonial durante o século XX através de edifícios Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura\",\"authors\":\"Luís Almeida, Manuel Vieira\",\"doi\":\"10.4000/arquivomunicipal.647\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Estes registos permitem constatar a evolução dos betões, ao longo da história, relacionada com a descoberta e utilização de novos materiais de características aglomerantes e com requisitos de desempenho nas construções. Tendo conhecido um interregno após a sua utilização pelos Romanos, é durante o século XIX que o emprego do betão é renovado com a introdução do cimento Portland, cuja patente foi registada em 1824 pelo inglês Joseph Aspdin. A aplicação deste ligante hidráulico permitiria ao betão adquirir características físicas e mecânicas únicas que, quando se juntasse uma armadura metálica devidamente dimensionada, o seu conjunto tornar-se-ia num compósito capaz de resistir a esforços, quer de compressão, quer de tração, sendo estas características de resistência fundamentais para potenciar o seu desempenho. Este material compósito, denominado betão armado, segundo Antero Ferreira, “havia de processar-se ao serviço e pela via dos objectivos tidos por menos nobres e culturalmente pouco representativos: entrepostos e armazéns, silos, pontes, fábricas, constituirão o meio experimental e o apagado veículo de introdução do material” (Ferreira, 1972, p. 21). O betão armado, cujas potencialidades estruturais se afirmavam, evidenciando virtuosas qualidades plásticas, conquistava o seu espaço próprio no curso da história da engenharia e da arquitetura.\",\"PeriodicalId\":53350,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos do Arquivo Municipal\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-07-20\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos do Arquivo Municipal\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.4000/arquivomunicipal.647\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do Arquivo Municipal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4000/arquivomunicipal.647","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A afirmação do betão armado como valor patrimonial durante o século XX através de edifícios Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura
Estes registos permitem constatar a evolução dos betões, ao longo da história, relacionada com a descoberta e utilização de novos materiais de características aglomerantes e com requisitos de desempenho nas construções. Tendo conhecido um interregno após a sua utilização pelos Romanos, é durante o século XIX que o emprego do betão é renovado com a introdução do cimento Portland, cuja patente foi registada em 1824 pelo inglês Joseph Aspdin. A aplicação deste ligante hidráulico permitiria ao betão adquirir características físicas e mecânicas únicas que, quando se juntasse uma armadura metálica devidamente dimensionada, o seu conjunto tornar-se-ia num compósito capaz de resistir a esforços, quer de compressão, quer de tração, sendo estas características de resistência fundamentais para potenciar o seu desempenho. Este material compósito, denominado betão armado, segundo Antero Ferreira, “havia de processar-se ao serviço e pela via dos objectivos tidos por menos nobres e culturalmente pouco representativos: entrepostos e armazéns, silos, pontes, fábricas, constituirão o meio experimental e o apagado veículo de introdução do material” (Ferreira, 1972, p. 21). O betão armado, cujas potencialidades estruturais se afirmavam, evidenciando virtuosas qualidades plásticas, conquistava o seu espaço próprio no curso da história da engenharia e da arquitetura.