Émilie Beviláqua de Carvalho Miranda, Raquel Autran Coelho Peixoto
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Lesões cervicais de alto grau em adolescentes e fatores clínicos‑epidemiológicos associados
Objetivo: Avaliar prevalência de lesões cervicais de alto grau em adolescentes em maternidade terciária, bem como fatores clínico-epidemiológicos correlacionados. Métodos: Estudo retrospectivo caso-controle, que avaliou exames citopatológios, colposcópicos e histopatológicos, sexarca e paridade de adolescentes de 10 a 19 anos, no período de 2016 a 2018. Resultados: Foram coletados 2697 exames citopatológicos no período do estudo, das quais apenas 6 corresponderam a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (LIEAG) em adolescentes, compondo o grupo de casos. Não houve casos de carcinoma cervical. O grupo controle com 33 pacientes correspondeu às adolescentes com citopatológico normal. A média da sexarca foi de 14,8 e 14,3 anos nos grupos caso e controle, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparadas sexarca (p = 0,464) e paridade (p>0,999). Conclusão: Apesar do rastreio de câncer de colo de útero para adolescentes não ser preconizado pelo Ministério da Saúde, persiste a prática da coleta entre alguns profissionais. A baixa prevalência (0,22%) de lesões cervicais de alto grau em citopatológico nesse grupo foi reafirmada, podendo ser ainda menor quando avaliados resultados histopatológicos. Não houve casos de câncer de colo. Fatores associados, como sexarca e paridade, não foram estatisticamente significativos.