Lucimara Albieri de Oliveira, Raíssa Sousa e Silva
{"title":"空间格局与城市规律","authors":"Lucimara Albieri de Oliveira, Raíssa Sousa e Silva","doi":"10.24220/2318-0919v20e2023a5391","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho investiga as (in)coerências entre perímetro urbano e densidade populacional em Palmas (TO) a fim de entender como as leis urbanísticas contribuíram para a configuração urbana nesse aspecto, tendo em vista se tratar de uma cidade projetada na contemporaneidade e em território desapropriado pelo poder público. Palmas é a última capital planejada brasileira, fundada em 1989 para abrigar a sede administrativa do estado doTocantins, e se caracteriza, atualmente, como uma cidade espraiada, com muitos vazios urbanos, baixa densidade populacional e expressiva segregação socioespacial. Seu perímetro sofreu um esgarçamento prematuro logo no início da implantação da cidade, articulado a um processo de especulação imobiliária, a despeito da previsão de fases de ocupação. Os resultados foram obtidos por meio da análise do plano urbanístico original, das legislaçõesurbanísticas relativas ao perímetro e à densidade urbanos subsequentes, do processo de ocupação urbana e da evolução do contingente populacional e estimativa futura. O trabalho demonstrou enorme descompasso entre as diversas definições do perímetro urbano e o crescimento populacional da cidade, assim como determinações de densidades irreais e inaplicáveis ao contexto urbano de Palmas, e evidenciou preponderância de interesses individuais e capitalistas na condução do ordenamento territorial.","PeriodicalId":31269,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Configuração espacial e leis urbanística\",\"authors\":\"Lucimara Albieri de Oliveira, Raíssa Sousa e Silva\",\"doi\":\"10.24220/2318-0919v20e2023a5391\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente trabalho investiga as (in)coerências entre perímetro urbano e densidade populacional em Palmas (TO) a fim de entender como as leis urbanísticas contribuíram para a configuração urbana nesse aspecto, tendo em vista se tratar de uma cidade projetada na contemporaneidade e em território desapropriado pelo poder público. Palmas é a última capital planejada brasileira, fundada em 1989 para abrigar a sede administrativa do estado doTocantins, e se caracteriza, atualmente, como uma cidade espraiada, com muitos vazios urbanos, baixa densidade populacional e expressiva segregação socioespacial. Seu perímetro sofreu um esgarçamento prematuro logo no início da implantação da cidade, articulado a um processo de especulação imobiliária, a despeito da previsão de fases de ocupação. Os resultados foram obtidos por meio da análise do plano urbanístico original, das legislaçõesurbanísticas relativas ao perímetro e à densidade urbanos subsequentes, do processo de ocupação urbana e da evolução do contingente populacional e estimativa futura. O trabalho demonstrou enorme descompasso entre as diversas definições do perímetro urbano e o crescimento populacional da cidade, assim como determinações de densidades irreais e inaplicáveis ao contexto urbano de Palmas, e evidenciou preponderância de interesses individuais e capitalistas na condução do ordenamento territorial.\",\"PeriodicalId\":31269,\"journal\":{\"name\":\"Oculum Ensaios\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-05-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Oculum Ensaios\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5391\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Oculum Ensaios","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5391","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O presente trabalho investiga as (in)coerências entre perímetro urbano e densidade populacional em Palmas (TO) a fim de entender como as leis urbanísticas contribuíram para a configuração urbana nesse aspecto, tendo em vista se tratar de uma cidade projetada na contemporaneidade e em território desapropriado pelo poder público. Palmas é a última capital planejada brasileira, fundada em 1989 para abrigar a sede administrativa do estado doTocantins, e se caracteriza, atualmente, como uma cidade espraiada, com muitos vazios urbanos, baixa densidade populacional e expressiva segregação socioespacial. Seu perímetro sofreu um esgarçamento prematuro logo no início da implantação da cidade, articulado a um processo de especulação imobiliária, a despeito da previsão de fases de ocupação. Os resultados foram obtidos por meio da análise do plano urbanístico original, das legislaçõesurbanísticas relativas ao perímetro e à densidade urbanos subsequentes, do processo de ocupação urbana e da evolução do contingente populacional e estimativa futura. O trabalho demonstrou enorme descompasso entre as diversas definições do perímetro urbano e o crescimento populacional da cidade, assim como determinações de densidades irreais e inaplicáveis ao contexto urbano de Palmas, e evidenciou preponderância de interesses individuais e capitalistas na condução do ordenamento territorial.