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A mudança em terapia familiar: construindo agenciamento
Este artigo visa compreender o processo de produção de sentidos sobre a mudança em terapia familiar sob a perspectiva construcionista social. A análise do processo terapêutico de uma família apontou que a construção conversacional da mudança terapêutica foi marcada pelo deslocamento do discurso inicial do problema de saúde da mãe, oriundo do trabalho, para o discurso do agenciamento com o cuidado da vida. Tal construção foi analisada em relação a três aspectos centrais: (a) a desconstrução do sentido do trabalho; (b) a redefinição da relação mãe-filha; (c) a reconstrução da vida. A análise permitiu ainda compreender um importante processo subjacente, o agenciamento como forma de promover a mudança terapêutica em terapia familiar. Concluímos que a postura aberta, ativa e engajada da terapeuta com o fluxo da conversa favoreceu a emergência desses sentidos de mudança.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a01