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PARA ALÉM DO ENCANTO LIBIDINOSO: o mito do boto e o viver das mulheres ribeirinhas da comunidade de Nazaré – RO
As encantarias dos rios povoam o imaginário das populações ribeirinhas amazônicas, de forma que há uma intrincada relação mítica que ressignifica a água. É neste contexto que mito do boto se apresenta fortemente vinculado a corporeidade e sexualidade das mulheres que vivem nestes espaços. Interessante observar que além do sentido tradicionalmente dado a este mito, foi identificado outro significado, sendo este distanciado do encanto libidinoso e, por conseguinte, da conotação sexual, aproximando-se de questões relacionadas à religião e a espiritualidade. Assim sendo, este artigo tem como objetivo analisar as configurações de gênero existentes no outro significado dado ao mito do boto, de modo a compreender suas implicações diretas no viver das mulheres que residem na comunidade ribeirinha de Nazaré - RO. A pesquisa foi desenvolvida na comunidade ribeirinha de Nazaré, localizada na margem esquerda do Rio Madeira, há aproximadamente 120 km do município de Porto Velho. Este estudo se constitui de caráter qualitativo e os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, caracterizada pela realização de entrevistas semiestruturadas com quatro mulheres e conversas informais com outras dez.