Lécio Alves Nascimento, William Rodrigo Dal Poz, P. Emiliano, Krisley Xavier Soares de Freitas
{"title":"统计方法应用于调查与巴西亚马逊水文负荷效应相关的变形","authors":"Lécio Alves Nascimento, William Rodrigo Dal Poz, P. Emiliano, Krisley Xavier Soares de Freitas","doi":"10.14393/rbcv73n4-60356","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Pontos da superfície terrestre estão sujeitos a deslocamentos causados por fenômenos geodinâmicos e de deformação, tais como: o movimento de placa, a atividade vulcânica, a carga hidrológica etc. Nesse sentido, as investigações do efeito da carga hidrológica têm se concentrado nas deformações associadas às componentes verticais. Entretanto, devido à viscoelasticidade da Terra, tais deformações também afetam as componentes horizontais (planimétricas). Assim sendo, objetiva-se com este trabalho investigar as deformações ocorridas em duas estações da RBMC (NAUS e AMBC) que margeiam o Rio Negro, na Amazônia brasileira, fundamentando-se em análises estatísticas de tendência e periodicidade (sazonalidade e ciclo) das séries temporais posicionais e de cotas linimétricas.Observou-se que em ambas as estações as componentes Δn e Δe apresentaram tendência (deformação contínua) significativa, o que não ocorreu para a componente Δu. Taxas de deformação contínua de 0,01198 e -0,00347 m/ano e de 0,01084 e -0,00476 m/ano foram observadas para Δn e Δe das estações NAUS e AMBC, respectivamente. As deformações periódicas de Δn e Δu da NAUS apresentaram lag sazonal similar ao das cotas linimétricas (365,2 dias), o que não ocorreu para Δe (1217,2 dias). Os extremos de tais deformações ocorrem anteriormente aos picos das cheias em 100% dos anos para Δn e 90% para Δu e, posteriormente aos vales das secas, em 80% dos anos em Δn e Δu. Por fim, os extremos das deformações periódicas de Δn e Δu da AMBC ocorreram antes dos picos e vales em 100% dos anos. O contrário foi observado para Δe em 100% dos anos.","PeriodicalId":36183,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cartografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Abordagem Estatística Aplicada à Investigação de Deformações Associadas ao Efeito de Carga Hidrológica na Amazônia Brasileira\",\"authors\":\"Lécio Alves Nascimento, William Rodrigo Dal Poz, P. Emiliano, Krisley Xavier Soares de Freitas\",\"doi\":\"10.14393/rbcv73n4-60356\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Pontos da superfície terrestre estão sujeitos a deslocamentos causados por fenômenos geodinâmicos e de deformação, tais como: o movimento de placa, a atividade vulcânica, a carga hidrológica etc. Nesse sentido, as investigações do efeito da carga hidrológica têm se concentrado nas deformações associadas às componentes verticais. Entretanto, devido à viscoelasticidade da Terra, tais deformações também afetam as componentes horizontais (planimétricas). Assim sendo, objetiva-se com este trabalho investigar as deformações ocorridas em duas estações da RBMC (NAUS e AMBC) que margeiam o Rio Negro, na Amazônia brasileira, fundamentando-se em análises estatísticas de tendência e periodicidade (sazonalidade e ciclo) das séries temporais posicionais e de cotas linimétricas.Observou-se que em ambas as estações as componentes Δn e Δe apresentaram tendência (deformação contínua) significativa, o que não ocorreu para a componente Δu. Taxas de deformação contínua de 0,01198 e -0,00347 m/ano e de 0,01084 e -0,00476 m/ano foram observadas para Δn e Δe das estações NAUS e AMBC, respectivamente. As deformações periódicas de Δn e Δu da NAUS apresentaram lag sazonal similar ao das cotas linimétricas (365,2 dias), o que não ocorreu para Δe (1217,2 dias). Os extremos de tais deformações ocorrem anteriormente aos picos das cheias em 100% dos anos para Δn e 90% para Δu e, posteriormente aos vales das secas, em 80% dos anos em Δn e Δu. Por fim, os extremos das deformações periódicas de Δn e Δu da AMBC ocorreram antes dos picos e vales em 100% dos anos. O contrário foi observado para Δe em 100% dos anos.\",\"PeriodicalId\":36183,\"journal\":{\"name\":\"Revista Brasileira de Cartografia\",\"volume\":\" \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-10-18\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Brasileira de Cartografia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.14393/rbcv73n4-60356\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"Social Sciences\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Cartografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/rbcv73n4-60356","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
Abordagem Estatística Aplicada à Investigação de Deformações Associadas ao Efeito de Carga Hidrológica na Amazônia Brasileira
Pontos da superfície terrestre estão sujeitos a deslocamentos causados por fenômenos geodinâmicos e de deformação, tais como: o movimento de placa, a atividade vulcânica, a carga hidrológica etc. Nesse sentido, as investigações do efeito da carga hidrológica têm se concentrado nas deformações associadas às componentes verticais. Entretanto, devido à viscoelasticidade da Terra, tais deformações também afetam as componentes horizontais (planimétricas). Assim sendo, objetiva-se com este trabalho investigar as deformações ocorridas em duas estações da RBMC (NAUS e AMBC) que margeiam o Rio Negro, na Amazônia brasileira, fundamentando-se em análises estatísticas de tendência e periodicidade (sazonalidade e ciclo) das séries temporais posicionais e de cotas linimétricas.Observou-se que em ambas as estações as componentes Δn e Δe apresentaram tendência (deformação contínua) significativa, o que não ocorreu para a componente Δu. Taxas de deformação contínua de 0,01198 e -0,00347 m/ano e de 0,01084 e -0,00476 m/ano foram observadas para Δn e Δe das estações NAUS e AMBC, respectivamente. As deformações periódicas de Δn e Δu da NAUS apresentaram lag sazonal similar ao das cotas linimétricas (365,2 dias), o que não ocorreu para Δe (1217,2 dias). Os extremos de tais deformações ocorrem anteriormente aos picos das cheias em 100% dos anos para Δn e 90% para Δu e, posteriormente aos vales das secas, em 80% dos anos em Δn e Δu. Por fim, os extremos das deformações periódicas de Δn e Δu da AMBC ocorreram antes dos picos e vales em 100% dos anos. O contrário foi observado para Δe em 100% dos anos.