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Som, luzes, câmera, audiodescrição: modos de audiodescrever em sala de aula
Este ensaio foi elaborado com o intuito de contribuir à discussão a respeito da importância da interpretação audiodescritiva para a fruição de obra visual, seja ela um vídeo, um espetáculo de dança ou teatro. O trabalho é destinado a docentes que lidam com essas linguagens e dialogam com estudantes cegos ou com baixa visão, mas pode vir a ajudar na reflexão sobre a audiodescrição em outras áreas de atuação profissional. Para que haja efetividade no uso dessa ferramenta de mediação, como deve se dar a realização da audiodescrição, com a expressão de emoções do/a audiodescritor/a? Com uma leitura não pessoal da imagem? Para responder a essas perguntas, são realizadas reflexões a partir de uma experiência com a audiodescrição vivida pelo autor, dialogando com referenciais teóricos (BRAUN, 2008, COSTA, 2012, FRANCO, 2010, POZZOBON, 2010) e normas de realização da audiodescrição (Audio Description Coalition, American Council Of The Blind’s Audio Description Project, ABNT). Conclui-se que a audiodescrição, como modo de tradução, é realizada por sujeitos intérpretes imbuídos de experiências e características que podem ser os diferenciais de valorização de seu trabalho.