Edimilson Moreira Rodrigues, Paulo Henrique Carvalho dos Santos
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Este artigo pretende dialogar com a poesia africana expressa em língua portuguesa, tendo o mar como metáfora de entrelugar. E, para isso, partilhamos nossas experiências de leitores de poesia, cujo objeto versará sobre o texto como pretexto de lugar – quer seja de chegada, de partida, ou mesmo de lugar nenhum: “Este convite a toda a hora/ que o Mar nos faz para a evasão!/ Este desespero de querer partir/ e ter que ficar!”(BARBOSA, 1975, p.22), desenhando o Mar como pátria imaginária. O velejar terá, quase sempre, o desfraldar de alguns excertos das poesias que adernam, aderem, ou tangenciam o mar como poética que seja reveladora da “mesmíssima angústia [...] perto ou à distância” do sentimento do homem de África.