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O legado hermenêutico do Círculo de Éranos para as Ciências da Religião
O artigo apresenta histórica e teoricamente o Círculo de Éranos como um modelo interpretativo para as Ciências da Religião. Trata-se, a rigor, de uma aproximação ao mesmo tempo histórica e temática ao Círculo de Éranos buscando as pluralidades nos encontros que pudessem contribuir à uma hermenêutica para as Ciências da Religião. Sabe-se que os encontros, inaugurados por Olga Fröbe-Kapteyn, colocou em conversa variados pensadores de áreas distintas, como Rudolf Otto, Carl Jung, Martin Buber, Paul Tillich, Jakob Hauer, Heinrich Zimmer, Karoly Kerenyi, Gershom Scholem, Henry Corbin e Mircea Eliade. Em uma tentativa incansável de aproximar Ocidente e Oriente, Jung, a título de contextualização, teve a oportunidade de modificar parte de suas teorias devido a convivência com os participantes, atribuindo, assim, uma renovada significação religiosa às suas reflexões. Além de Jung, Mircea Eliade, como um dos principais interlocutores com Jung, também contribuiu a respeito do significado da vida religiosa. Este artigo, portanto, busca recuperar a história do Círculo de Éranos e, ao invés de vasculhar o valor do Círculo de Éranos em si, pretende trabalhar a contribuição do Círculo de Éranos para a constituição da área das Ciências da Religião e Teologia pelo viés da linha de pesquisa Linguagens da Religião propondo uma base hermenêutica da pluralidade a partir de uma reinterpretação do significado da pesquisa em Ciências da Religião tendo no Éranos uma forma de spiritus rector original.