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O mato e a cidade angolanos, o subúrbio e a zona sul cariocas
Neste artigo, analisamos a construção do espaço em duas narrativas das literaturas de língua portuguesa – “O feto”, do autor angolano João Melo, e “Monólogo de Tuquinha Batista”, do autor brasileiro Aníbal Machado –, com ênfase na composição das zonas rural e urbana de Angola, no primeiro caso, e do subúrbio e zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no segundo. Nossa hipótese é que esses espaços, tal como tecidos pelo trabalho autoral nos olhares e vozes das narradoras de cada conto, apresentam-se como diametralmente opostos: por um lado, o mato e o subúrbio seriam considerados de modos inteiramente positivos pelas referidas enunciadoras; por outro, a cidade e a zona sul seriam tratadas de formas completamente negativas pelas mesmas personagens. Para verificar se essa suposição interpretativa se sustenta ou não, recorremos, como referencial analítico específico, ao conceito de espaço como focalização, ponto de vista ou perspectiva, e ressaltamos, como princípios analíticos gerais, a condição das narradoras enquanto sujeitos literários e a natureza estética dos espaços em destaque.