{"title":"住院医师在怀孕和产后性功能问题上的行为:妇产科、精神病学和临床医学三个专业的比较","authors":"T. C. Vieira","doi":"10.1590/S0100-72032011000300009","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"ObjetivO: comparar o comportamento do médico residente de Ginecologia e Obstetrícia (GO) com o de Clínica Médica (CM) e Psiquiatria (Psiq), perante as questões da função sexual, enfocando sua conduta profissional. MetOdOlOgia: estudo observacional,transversal, usando questionário adaptado, autorresponsivo e anônimo. ResultadOs: 154 questionários (92,5%) foram considerados válidos (74CM, 33 Psiq e 47GO). Somente 19,5 % dos médicos investigam queixas sexuais espontaneamente, apesar de que 68,2% concordam que estas questões devem fazer parte de todas as anamneses. Somente 22,7%, das 3 especialidades, afirmam ter segurança total para responder a questões sexuais; entretanto diante destas, 76% ouvem e orientam e 70,8% admitem faltar conhecimento específico sobre sexualidade. O GO foi o profissional mais indicado para tratar disfunções sexuais femininas (89%).Entretanto, o GO não conhece o ciclo de resposta sexual feminina (74,5%), além de que, ele se considera menos apto a tratar desejo hipoativo (25,5%) e anorgasmia (17%) comparado com o de psiquiatria (respectivamente, 69,7% e 57,6%). A maioria achou o estudo instigante e educativo: Clínica Médica (47,3%), Psiquiatria (69,7%) e Ginecologia/Obstetrícia (74,5%). A participação,neste trabalho aumentou o interesse pelo tema em todas as especialidades (60,4%). COnClusões: residentes de Psiquiatria investigaram espontaneamente e com maior frequência as queixas sexuais de suas pacientes, além de relatarem maior aptidão em tratar desejo hipoativo e anorgasmia, enquanto os GO sentiram maior habilidade para: lubrificação deficiente, sinussorragia e hipotonia e/ou rotura do assoalho pélvico. Os residentes de Clínica Médica, por seu lado, foram os que menos indagaram, menos atenderam e não se consideraram aptos a tratar queixas sexuais. Os médicos das 3 áreas de residência afirmaram não possuírem segurança, nem conhecimento específico suficiente para responder às questões sobre função sexual. A maioria dos residentes considerou este estudo instigante e educativo. 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Comportamento do médico residente diante das questões sobre função sexual no ciclo gravídico-puerperal: comparação entre três especialidades - Ginecologia/Obstetrícia, Psiquiatria e Clínica Médica
ObjetivO: comparar o comportamento do médico residente de Ginecologia e Obstetrícia (GO) com o de Clínica Médica (CM) e Psiquiatria (Psiq), perante as questões da função sexual, enfocando sua conduta profissional. MetOdOlOgia: estudo observacional,transversal, usando questionário adaptado, autorresponsivo e anônimo. ResultadOs: 154 questionários (92,5%) foram considerados válidos (74CM, 33 Psiq e 47GO). Somente 19,5 % dos médicos investigam queixas sexuais espontaneamente, apesar de que 68,2% concordam que estas questões devem fazer parte de todas as anamneses. Somente 22,7%, das 3 especialidades, afirmam ter segurança total para responder a questões sexuais; entretanto diante destas, 76% ouvem e orientam e 70,8% admitem faltar conhecimento específico sobre sexualidade. O GO foi o profissional mais indicado para tratar disfunções sexuais femininas (89%).Entretanto, o GO não conhece o ciclo de resposta sexual feminina (74,5%), além de que, ele se considera menos apto a tratar desejo hipoativo (25,5%) e anorgasmia (17%) comparado com o de psiquiatria (respectivamente, 69,7% e 57,6%). A maioria achou o estudo instigante e educativo: Clínica Médica (47,3%), Psiquiatria (69,7%) e Ginecologia/Obstetrícia (74,5%). A participação,neste trabalho aumentou o interesse pelo tema em todas as especialidades (60,4%). COnClusões: residentes de Psiquiatria investigaram espontaneamente e com maior frequência as queixas sexuais de suas pacientes, além de relatarem maior aptidão em tratar desejo hipoativo e anorgasmia, enquanto os GO sentiram maior habilidade para: lubrificação deficiente, sinussorragia e hipotonia e/ou rotura do assoalho pélvico. Os residentes de Clínica Médica, por seu lado, foram os que menos indagaram, menos atenderam e não se consideraram aptos a tratar queixas sexuais. Os médicos das 3 áreas de residência afirmaram não possuírem segurança, nem conhecimento específico suficiente para responder às questões sobre função sexual. A maioria dos residentes considerou este estudo instigante e educativo. Somente responder ao questionário despertou interesse em ampliar o conhecimento na área de Sexualidade.
期刊介绍:
The Brazilian Journal of Gynecology and Obstetrics (Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, ISSN 1806-9339) is a monthly publication of scientific divulgation of the Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). It is directed to obstetricians, gynecologists and professionals of related areas, with the purpose of publishing research results on relevant topics in the field of Gynecology, Obstetrics and related areas. It is open to national and international contributions and the journal receives submissions only in English.