Fabiane Machado de Souza, Oellen Stuani Franzosi, Rose Plotnik, Luana Cristina Berwig, Sílvia Dornelles
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Métodos: Estudo transversal que avaliou pacientes internados no CTI submetidos a avaliação clínica da deglutição no período entre outubro de 2018 e maio de 2019. O nível 1 da Escala funcional de ingestão por via oral (FOIS) foi considerado de maior risco para aspiração respiratória e comparado com os níveis FOIS 2-7. Variáveis epidemiológicas e clínicas foram obtidas a partir dos registros dos pacientes. Análises univariadas e multivariadas foram realizadas para identificar associações e efeitos entre as variáveis e o desfecho contraindicação da alimentação por via oral. O nível de significância adotado foi de 5% e as análises foram realizadas no programa SPSS v.21.0. Resultados: Foram incluídos 128 pacientes (64,9% submetidos a intubação orotraqueal – IOT; idade de 60 ± 15,3 anos). 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Deglutição de pacientes críticos e sua associação com características epidemiológicas e clínicas
Introdução: Disfagia é um distúrbio de deglutição com sinais e sintomas específicos, caracterizada por alterações em qualquer fase ou entre as fases da dinâmica de deglutição, de origem congênita ou adquirida, podendo gerar prejuízo pulmonar, nutricional e social. É um transtorno frequentemente encontrado no centro de tratamento intensivo (CTI). Sendo assim, a identificação precoce dos principais agentes etiológicos para transtornos de deglutição é essencial para promover uma assistência fonoaudiológica mais adequada. Objetivo: Verificar a associação entre características epidemiológicas e clínicas com o desfecho contraindicação fonoaudiológica de alimentação por via oral em pacientes internados em um CTI. Métodos: Estudo transversal que avaliou pacientes internados no CTI submetidos a avaliação clínica da deglutição no período entre outubro de 2018 e maio de 2019. O nível 1 da Escala funcional de ingestão por via oral (FOIS) foi considerado de maior risco para aspiração respiratória e comparado com os níveis FOIS 2-7. Variáveis epidemiológicas e clínicas foram obtidas a partir dos registros dos pacientes. Análises univariadas e multivariadas foram realizadas para identificar associações e efeitos entre as variáveis e o desfecho contraindicação da alimentação por via oral. O nível de significância adotado foi de 5% e as análises foram realizadas no programa SPSS v.21.0. Resultados: Foram incluídos 128 pacientes (64,9% submetidos a intubação orotraqueal – IOT; idade de 60 ± 15,3 anos). Pacientes com FOIS 1 permaneceram mais dias em IOT, tiveram a internação no CTI prolongada e a cada dia de internação apresentaram risco de 5% de contraindicação da alimentação por via oral na avaliação fonoaudiológica. Conclusão: Foi evidenciada associação entre maior tempo de intubação orotraqueal, além de maior tempo de internação prévio, com a contraindicação da alimentação por via oral.