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A exploração predatória e sistemática da Mata Atlântica no extremo sul baiano foi levada a efeito pela ação de madeireiros e fazendeiros, entre os anos 1940 e o início da década de 1970, período da formação econômico-social do atual extremo sul da Bahia. A caça da “madeira de lei” para comercialização, e o incessante movimento de expansão da fronteira agropecuária na porção mais ao sul do estado da Bahia, região em permanente contato com os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, levou à constituição mercantil da região. Em curto espaço de tempo fazendas, serrarias e madeireiras intensificam a degradação da Mata Atlântica. Entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970 a devastação florestal do extremo sul já havia atingido proporções dramáticas. Nesse sentido, o presente trabalho procura indicar algumas questões teóricas do estudo de uma formação social particular, o extremo sul da Bahia, por meio da história ambiental. 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Por uma História Ambiental da Formação Social do Extremo Sul da Bahia (1945-1972)
Este breve ensaio argumenta em favor da investigação histórico ambiental de uma formação social. Considerando a totalidade socioambiental – meio natural, ação humana, interações ser social-natureza – compreende-se que o desenvolvimento socioeconômico e sociocultural não se processam sem provocar alterações ambientais diretas e indiretas, com diferentes graus de intensidade. Não há produção humana sem consequências para os meios ambientes natural e produzido, bem como para o próprio ser social; assim como a organização da vida social encontra obstáculos nas condições ambientais existentes. Contudo, não é suficiente integrar a natureza à sociedade. O meio ambiente natural precisa seja reconhecido como dimensão ativa da organização social e histórica. A exploração predatória e sistemática da Mata Atlântica no extremo sul baiano foi levada a efeito pela ação de madeireiros e fazendeiros, entre os anos 1940 e o início da década de 1970, período da formação econômico-social do atual extremo sul da Bahia. A caça da “madeira de lei” para comercialização, e o incessante movimento de expansão da fronteira agropecuária na porção mais ao sul do estado da Bahia, região em permanente contato com os estados do Espírito Santo e Minas Gerais, levou à constituição mercantil da região. Em curto espaço de tempo fazendas, serrarias e madeireiras intensificam a degradação da Mata Atlântica. Entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970 a devastação florestal do extremo sul já havia atingido proporções dramáticas. Nesse sentido, o presente trabalho procura indicar algumas questões teóricas do estudo de uma formação social particular, o extremo sul da Bahia, por meio da história ambiental. São fontes para esta pesquisa: literatura teórica sobre história ambiental, textos sobre o extremo sul e fontes estatísticas oficiais sobre a região.