{"title":"哈瓦那和平与非巴西哥伦比亚儿童","authors":"Susi Castro Silva","doi":"10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":" Milhares de colombianos, e dentre eles cerca de cento e setenta mil crianças, empreenderam deslocamentos forçados, internamente ou para outras nações, em fuga da grave e sistemática violação de direitos humanos decorrente de mais de cinquenta anos de guerrilha na Colômbia. Até 2013, eles eram a maioria dentre os solicitantes de refúgio ao Brasil, mas após a adesão da Colômbia ao Acordo de Residência do Mercosul a maioria passou a solicitar esse tipo de residência, reduzindo sua contabilização como refugiados. Desde 2012, o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociavam um acordo de paz, que finalmente foi assinado em 2016, e, desde então, tem-se propagandeado o fim do conflito e a rendição dos guerrilheiros. Entretanto, ações de dissidentes e de outros grupos criminosos, e uma sucessão de acontecimentos políticos põem em risco a efetivação da chamada “Paz de Havana”. Diante deste panorama, analisou-se a continuidade de concessão de refúgio aos colombianos pelo Brasil, examinando especialmente a situação dos menores, sob a perspectiva do melhor interesse da criança. \n ","PeriodicalId":52696,"journal":{"name":"Tensoes Mundiais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-03-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"paz de Havana e os niños colombianos no Brasil\",\"authors\":\"Susi Castro Silva\",\"doi\":\"10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\" Milhares de colombianos, e dentre eles cerca de cento e setenta mil crianças, empreenderam deslocamentos forçados, internamente ou para outras nações, em fuga da grave e sistemática violação de direitos humanos decorrente de mais de cinquenta anos de guerrilha na Colômbia. Até 2013, eles eram a maioria dentre os solicitantes de refúgio ao Brasil, mas após a adesão da Colômbia ao Acordo de Residência do Mercosul a maioria passou a solicitar esse tipo de residência, reduzindo sua contabilização como refugiados. Desde 2012, o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociavam um acordo de paz, que finalmente foi assinado em 2016, e, desde então, tem-se propagandeado o fim do conflito e a rendição dos guerrilheiros. Entretanto, ações de dissidentes e de outros grupos criminosos, e uma sucessão de acontecimentos políticos põem em risco a efetivação da chamada “Paz de Havana”. Diante deste panorama, analisou-se a continuidade de concessão de refúgio aos colombianos pelo Brasil, examinando especialmente a situação dos menores, sob a perspectiva do melhor interesse da criança. \\n \",\"PeriodicalId\":52696,\"journal\":{\"name\":\"Tensoes Mundiais\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-03-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Tensoes Mundiais\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Tensoes Mundiais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33956/TENSOESMUNDIAIS.V14I27.826","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Milhares de colombianos, e dentre eles cerca de cento e setenta mil crianças, empreenderam deslocamentos forçados, internamente ou para outras nações, em fuga da grave e sistemática violação de direitos humanos decorrente de mais de cinquenta anos de guerrilha na Colômbia. Até 2013, eles eram a maioria dentre os solicitantes de refúgio ao Brasil, mas após a adesão da Colômbia ao Acordo de Residência do Mercosul a maioria passou a solicitar esse tipo de residência, reduzindo sua contabilização como refugiados. Desde 2012, o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociavam um acordo de paz, que finalmente foi assinado em 2016, e, desde então, tem-se propagandeado o fim do conflito e a rendição dos guerrilheiros. Entretanto, ações de dissidentes e de outros grupos criminosos, e uma sucessão de acontecimentos políticos põem em risco a efetivação da chamada “Paz de Havana”. Diante deste panorama, analisou-se a continuidade de concessão de refúgio aos colombianos pelo Brasil, examinando especialmente a situação dos menores, sob a perspectiva do melhor interesse da criança.