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Na posição adotada pelas ERPI, ainda que estas assumam um padrão diretivo associado ao cuidado, começam a surgir disposições que apresentam um carácter mais inovador (e.g., comissões de idosos, biblioterapia, tertúlias), convergindo com as abordagens atuais do envelhecimento ativo, em que as pessoas idosas são reconhecidas como um coletivo heterogéneo. Este facto encontra paralelo com a expressão da satisfação dos seniores, advinda da oportunidade que lhes é dada de exercerem quotidianamente a sua cidadania. Conclusões: O cuidado institucional tende a privilegiar uma abordagem holística no entendimento da(s) velhice(s). Estas alterações, ainda que assumam um ritmo lento e monótono, fazem emergir abordagens operativas capazes de privilegiar o capital de conhecimento e sabedoria das pessoas idosas implicando-as ativamente nos processos decisórios em contextos residenciais coletivos, associadas aos movimentos contemporâneos do envelhecimento ativo.","PeriodicalId":52016,"journal":{"name":"Revista Portuguesa de Investigacao Comportamental e Social","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.4000,"publicationDate":"2020-05-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Velhice(s) e participação em estruturas residenciais para idosos percecionadas por pessoas idosas e assistentes sociais: um estudo qualitativo\",\"authors\":\"R. 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Velhice(s) e participação em estruturas residenciais para idosos percecionadas por pessoas idosas e assistentes sociais: um estudo qualitativo
Objetivo: Esta investigação tem como objetivo trazer uma reflexão sobre as várias expressões da(s) velhice(s), associadas à participação ativa das pessoas idosas em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e no seu projeto de vida. Método: A amostra envolveu 12 pessoas idosas e cinco assistentes sociais que residiam e exerciam a prática profissional em ERPI, respetivamente. O protocolo foi composto por questionário sociodemográfico e entrevistas em profundidade (semiestruturada), prosseguindo uma abordagem qualitativa (análise de conteúdo). Resultados: A amostra de pessoas idosas constitui-se maioritariamente por “idosos muito idosos” (> 85 anos). A participação nos processos decisórios em ERPI tenderam a inclinar-se para a renúncia voluntária das pessoas idosas em contribuir para as decisões alocadas às dinâmicas/estratégias institucionais. Na posição adotada pelas ERPI, ainda que estas assumam um padrão diretivo associado ao cuidado, começam a surgir disposições que apresentam um carácter mais inovador (e.g., comissões de idosos, biblioterapia, tertúlias), convergindo com as abordagens atuais do envelhecimento ativo, em que as pessoas idosas são reconhecidas como um coletivo heterogéneo. Este facto encontra paralelo com a expressão da satisfação dos seniores, advinda da oportunidade que lhes é dada de exercerem quotidianamente a sua cidadania. Conclusões: O cuidado institucional tende a privilegiar uma abordagem holística no entendimento da(s) velhice(s). Estas alterações, ainda que assumam um ritmo lento e monótono, fazem emergir abordagens operativas capazes de privilegiar o capital de conhecimento e sabedoria das pessoas idosas implicando-as ativamente nos processos decisórios em contextos residenciais coletivos, associadas aos movimentos contemporâneos do envelhecimento ativo.