{"title":"可持续性作为宪法环境法治的诱导因素","authors":"Guilherme Nazareno Flores, P. Cruz","doi":"10.37497/revcampojur.v9i2.735","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em um mundo que já não existem fronteiras nacionais, a lógica mecânica de todo o processo econômico tem no meio ambiente a fonte inesgotável de matéria-prima e de energia para a produção de bens de consumo com o objetivo de obter-se o lucro, fazendo girar a economia. E isso é obtido através de um permanentemente sistema de motivação/indução das pessoas ao consumo, demonstrando as engrenagens de um sistema absolutamente degradante ao meio ambiente da Terra, casa de todos. Por sua vez, o modelo de Estado Constitucional Moderno, com sua arquitetura jurídica da Governança Ambiental – nacional, mas com pretensão global –, mostra-se claramente insuficiente e esgotado ante aos novos cenários transnacionais causados pela pós-modernidade, e assim, incapaz de fazer frente aos elementos multidimensionais e complexos causadores da crise ambiental que vivemos. Este artigo pretende discutir as nossas teorias e propostas para uma nova arquitetura de governança jurídica transnacional que privilegie a sustentabilidade como elemento indutor do Direito para a criação de Estados Ambientais Constitucionais de Direito, com as bases teóricas trazidas por Nicholás Georgescu-Roegen que, através da Entropia e Termodinâmica (segunda Lei da Física) e contrário à estrutura do pensamento econômico neoclássico, considera o meio ambiente e a finitude de bens naturais, como fonte de energia, matéria prima e de resíduos em todo o processo econômico, sustentando o modo de vida vigente no mundo e que, nos tem alertado a ciência, pode trazer graves consequências à humanidade nesta ou nas próximas gerações.","PeriodicalId":34510,"journal":{"name":"Campo Juridico","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A Sustentabilidade como Elemento Indutor para um Estado Ambiental Constitucional de Direito\",\"authors\":\"Guilherme Nazareno Flores, P. Cruz\",\"doi\":\"10.37497/revcampojur.v9i2.735\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Em um mundo que já não existem fronteiras nacionais, a lógica mecânica de todo o processo econômico tem no meio ambiente a fonte inesgotável de matéria-prima e de energia para a produção de bens de consumo com o objetivo de obter-se o lucro, fazendo girar a economia. E isso é obtido através de um permanentemente sistema de motivação/indução das pessoas ao consumo, demonstrando as engrenagens de um sistema absolutamente degradante ao meio ambiente da Terra, casa de todos. Por sua vez, o modelo de Estado Constitucional Moderno, com sua arquitetura jurídica da Governança Ambiental – nacional, mas com pretensão global –, mostra-se claramente insuficiente e esgotado ante aos novos cenários transnacionais causados pela pós-modernidade, e assim, incapaz de fazer frente aos elementos multidimensionais e complexos causadores da crise ambiental que vivemos. Este artigo pretende discutir as nossas teorias e propostas para uma nova arquitetura de governança jurídica transnacional que privilegie a sustentabilidade como elemento indutor do Direito para a criação de Estados Ambientais Constitucionais de Direito, com as bases teóricas trazidas por Nicholás Georgescu-Roegen que, através da Entropia e Termodinâmica (segunda Lei da Física) e contrário à estrutura do pensamento econômico neoclássico, considera o meio ambiente e a finitude de bens naturais, como fonte de energia, matéria prima e de resíduos em todo o processo econômico, sustentando o modo de vida vigente no mundo e que, nos tem alertado a ciência, pode trazer graves consequências à humanidade nesta ou nas próximas gerações.\",\"PeriodicalId\":34510,\"journal\":{\"name\":\"Campo Juridico\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-09-18\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Campo Juridico\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.37497/revcampojur.v9i2.735\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"Social Sciences\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Campo Juridico","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.37497/revcampojur.v9i2.735","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
A Sustentabilidade como Elemento Indutor para um Estado Ambiental Constitucional de Direito
Em um mundo que já não existem fronteiras nacionais, a lógica mecânica de todo o processo econômico tem no meio ambiente a fonte inesgotável de matéria-prima e de energia para a produção de bens de consumo com o objetivo de obter-se o lucro, fazendo girar a economia. E isso é obtido através de um permanentemente sistema de motivação/indução das pessoas ao consumo, demonstrando as engrenagens de um sistema absolutamente degradante ao meio ambiente da Terra, casa de todos. Por sua vez, o modelo de Estado Constitucional Moderno, com sua arquitetura jurídica da Governança Ambiental – nacional, mas com pretensão global –, mostra-se claramente insuficiente e esgotado ante aos novos cenários transnacionais causados pela pós-modernidade, e assim, incapaz de fazer frente aos elementos multidimensionais e complexos causadores da crise ambiental que vivemos. Este artigo pretende discutir as nossas teorias e propostas para uma nova arquitetura de governança jurídica transnacional que privilegie a sustentabilidade como elemento indutor do Direito para a criação de Estados Ambientais Constitucionais de Direito, com as bases teóricas trazidas por Nicholás Georgescu-Roegen que, através da Entropia e Termodinâmica (segunda Lei da Física) e contrário à estrutura do pensamento econômico neoclássico, considera o meio ambiente e a finitude de bens naturais, como fonte de energia, matéria prima e de resíduos em todo o processo econômico, sustentando o modo de vida vigente no mundo e que, nos tem alertado a ciência, pode trazer graves consequências à humanidade nesta ou nas próximas gerações.