{"title":"“肩并肩行走”:精神健康治疗和药物使用的合作实践","authors":"Ottar Ness, Marit Borg, Randi Semb, Bengt Karlsson","doi":"10.38034/nps.v27i61.409","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apesar da importância das práticas colaborativas na pesquisa e na teoria estar bem consolidada entre os profissionais da saúde mental, pouca atenção tem sido dada ao que significa realmente entrar e se engajar numa relação colaborativa. O objetivo deste estudo foi identificar os principais elementos e maneiras pelas quais os profissionais da saúde mental podem colaborar, na prática, com os usuários do serviço e suas famílias. Foi feito um estudo qualitativo, na modalidade pesquisa-ação, utilizando a abordagem da investigação cooperativa incluindo discussões em grupo focal multietapas com terapeutas, médicos, assistentes sociais e demais profissionais da área, especializados em atenção e cuidado em saúde mental e uso problemático de substâncias. Utilizamos análise de conteúdo temática com o propósito de identificar características comuns. A partir da análise de conteúdo identificamos três grandes temas relacionados às experiências dos profissionais de práticas colaborativas: (a) caminhar lado a lado através de diálogos negociados, (b) manter relacionamentos humanos e (c) manejar relações e serviços. Concluímos que mesmo com a sólida e rica base de conhecimento que se desenvolveu a partir das relações e práticas colaborativas, é ainda um desafio para os profissionais reorientar a sua prática adequadamente. Nossas descobertas parecem indicar que os profissionais se concentram em dois tipos de processos que caracterizam a prática colaborativa: um que foca nas conversas entre os profissionais e usuários dos serviços e suas famílias e outro com foco na gestão e controle entre os prestadores de serviços de saúde, setores de serviços e usuários de serviços (ou seja, uma colaboração inter/intra).","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"“Caminhando lado a lado:” práticas colaborativas nos tratamentos de saúde mental e uso de substâncias\",\"authors\":\"Ottar Ness, Marit Borg, Randi Semb, Bengt Karlsson\",\"doi\":\"10.38034/nps.v27i61.409\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Apesar da importância das práticas colaborativas na pesquisa e na teoria estar bem consolidada entre os profissionais da saúde mental, pouca atenção tem sido dada ao que significa realmente entrar e se engajar numa relação colaborativa. 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“Caminhando lado a lado:” práticas colaborativas nos tratamentos de saúde mental e uso de substâncias
Apesar da importância das práticas colaborativas na pesquisa e na teoria estar bem consolidada entre os profissionais da saúde mental, pouca atenção tem sido dada ao que significa realmente entrar e se engajar numa relação colaborativa. O objetivo deste estudo foi identificar os principais elementos e maneiras pelas quais os profissionais da saúde mental podem colaborar, na prática, com os usuários do serviço e suas famílias. Foi feito um estudo qualitativo, na modalidade pesquisa-ação, utilizando a abordagem da investigação cooperativa incluindo discussões em grupo focal multietapas com terapeutas, médicos, assistentes sociais e demais profissionais da área, especializados em atenção e cuidado em saúde mental e uso problemático de substâncias. Utilizamos análise de conteúdo temática com o propósito de identificar características comuns. A partir da análise de conteúdo identificamos três grandes temas relacionados às experiências dos profissionais de práticas colaborativas: (a) caminhar lado a lado através de diálogos negociados, (b) manter relacionamentos humanos e (c) manejar relações e serviços. Concluímos que mesmo com a sólida e rica base de conhecimento que se desenvolveu a partir das relações e práticas colaborativas, é ainda um desafio para os profissionais reorientar a sua prática adequadamente. Nossas descobertas parecem indicar que os profissionais se concentram em dois tipos de processos que caracterizam a prática colaborativa: um que foca nas conversas entre os profissionais e usuários dos serviços e suas famílias e outro com foco na gestão e controle entre os prestadores de serviços de saúde, setores de serviços e usuários de serviços (ou seja, uma colaboração inter/intra).