Catarina De Almeida Pinheiro, Maria Manuela Laranjeira
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As áreas sob efeito da ICS são delimitadas a partir de limiares definidos em função da média e do desvio-padrão de Ts em cada data, não requerendo este método a tradicional divisão prévia do território em urbano/não urbano. Sem embargo, considerando que a ICS não decorre em exclusivo das áreas urbanas, é fundamental determinar o real contributo destas. Entre 1984 e 2016 observa-se um aumento da intensidade e da extensão ICS, decorrente do crescimento urbano de Braga e de Guimarães. Consequentemente, verifica-se uma redução da proporção de área não urbana afetada pela ICS; porém, também diminui a proporção da área urbana sob efeito deste fenómeno. Este aparente paradoxo encontra explicação na edificação dispersa e nas vias rodoviárias que parecem não constituir pontos suficientemente quentes para a individualização da ICS. 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Ilha(s) de calor urbano de superfície em territórios de urbanização difusa: o estudo de caso dos municípios de Braga e de Guimarães (Portugal)
O processo de urbanização implica a conversão de superfícies permeáveis, com maior ou menor cobertura vegetal, em superfícies impermeáveis antrópica, com acentuada capacidade de armazenamento de calor e não evaporativas, pelo que desencadeiam a individualização de ilhas de calor. Nesta investigação analisa-se a evolução espaciotemporal da ilha de calor de superfície (ICS) nos municípios de Braga e de Guimarães, procurando-se estabelecer a sua relação com o crescimento urbano ocorrido no período 1984-2016. Concretamente, selecionaram-se 6 imagens Landsat, a partir das quais se extraiu o tecido urbano e a temperatura de superfície (Ts). As áreas sob efeito da ICS são delimitadas a partir de limiares definidos em função da média e do desvio-padrão de Ts em cada data, não requerendo este método a tradicional divisão prévia do território em urbano/não urbano. Sem embargo, considerando que a ICS não decorre em exclusivo das áreas urbanas, é fundamental determinar o real contributo destas. Entre 1984 e 2016 observa-se um aumento da intensidade e da extensão ICS, decorrente do crescimento urbano de Braga e de Guimarães. Consequentemente, verifica-se uma redução da proporção de área não urbana afetada pela ICS; porém, também diminui a proporção da área urbana sob efeito deste fenómeno. Este aparente paradoxo encontra explicação na edificação dispersa e nas vias rodoviárias que parecem não constituir pontos suficientemente quentes para a individualização da ICS. Neste território, a ICS assume uma configuração rizomática, que aliena a própria metáfora da ilha de calor.