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Este artigo visa a examinar a estreita relação entre a antropologia filosófica e a filosofia da arte em Susanne Langer. Uma vez que tais âmbitos se sustentam, no pensamento langeriano, sobre uma preocupação epistemológica e semântica, refletiremos inicialmente qual seria a resposta da filósofa à pergunta kantiana “O que posso conhecer?”, vinculada a nossas possibilidades de articulação de significados (meanings). Na sequência, abordaremos a distinção entre nossos dois dispositivos básicos para gerar e manejar significados: os signos e os símbolos, classificados, por sua vez, em símbolos discursivos e apresentativos. Por fim, investigaremos a especificidade das obras de arte como símbolos apresentativos, de modo a explicitar conceitos como sentimento, expressão, autoexpressão, abstração e inefabilidade, que, fundamentais à estética langeriana, repercutem na questão dos limites da expressividade e do conhecimento humanos. Ao longo desse percurso, verificaremos como Langer nos permite estender e aprofundar nossa autocompreensão a partir do reconhecimento (teórico e vivencial) do artístico.