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As Escolas internacionalistas da Ilha da Juventude: Formação revolucionária de jovens africanos em Cuba (anos 1970 e 1980)
Resumo Neste artigo abordamos as chamadas escolas internacionalistas criadas na Ilha da Juventude, em Cuba, nos anos 1970, voltadas especialmente para alunos/as estrangeiros/as provenientes de países com os quais o governo cubano possuía relações de solidariedade internacional e interesses de cooperação militar e política. A partir da análise de reportagens do cinejornal cubano Noticiero ICAIC Latinoamericano produzidas nos anos 1970 e 80, de testemunhos publicados de ex-alunos/as e do diálogo com a historiografia sobre o tema, buscamos entender as condições em que estudantes, muitos deles/as africanos/as, viveram e estudaram em Cuba, experienciando o que o governo cubano propagava como uma formação revolucionária. Situamos essa experiência no contexto da política educacional implantada após a revolução de 1959, mediante a qual educação e trabalho eram tratados como atividades complementares, amparadas nos princípios de formação do “homem novo”. Constatamos que esse programa de cooperação integrou de forma importante as estratégias de diplomacia internacional cubana, especialmente no tocante às relações com a África. Analisamos, também, algumas implicações advindas dessa presença estrangeira em Cuba, em um contexto de gradual crise econômica proveniente da desintegração da URSS.
期刊介绍:
Varia Historia was founded in 1985, formerly as Revista do Departamento de História, da Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil. In 1993, after consolidating its importance in Brazilian academic circles, the journal launched a new era looking forward to broaden its audience and improving its quality, with a new title. Varia Historia is a Latin expression by which we wish to affirm our journal as a vehicle for the diversity and the variety of contemporary historiography.