Anderson de Melo M. Ataíde, Luiz Fernando Leite Tanajura, Alexandre Antonio C. Abizaid, Marinella P. Centemero, J. Ribamar Costa Jr., Vitor Alves Loures, Andrea Cláudia L. Abizaid, Sérgio Luiz N. Braga, Amanda G. M. R. Sousa, J. Eduardo M. R. Sousa
{"title":"经皮冠状动脉介入治疗多血管患者不完全血管造影重建术的诱发因素","authors":"Anderson de Melo M. Ataíde, Luiz Fernando Leite Tanajura, Alexandre Antonio C. Abizaid, Marinella P. Centemero, J. Ribamar Costa Jr., Vitor Alves Loures, Andrea Cláudia L. Abizaid, Sérgio Luiz N. Braga, Amanda G. M. R. Sousa, J. Eduardo M. R. Sousa","doi":"10.1016/j.rbci.2016.06.008","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><p>A revascularização miocárdica anatômica completa está associada a um melhor controle dos sintomas anginosos e a menores índices de eventos cardíacos maiores tardios. No entanto, em substancial número de pacientes tratados por meio de intervenção coronária percutânea (ICP), não logramos sua obtenção. Assim, nosso objetivo foi avaliar os fatores associados à revascularização miocárdica incompleta (RMI) em casos de ICP multiarterial.</p></div><div><h3>Métodos</h3><p>Estudo de coorte envolvendo 1.049 pacientes revascularizados de forma prospectiva e consecutiva por meio de ICP com tratamento de dois ou mais vasos, entre 2012 e 2014, divididos em dois grupos: RMI (n<!--> <!-->=<!--> <!-->324; 30,9%) e revascularização miocárdica completa (n<!--> <!-->=<!--> <!-->725; 69,1%).</p></div><div><h3>Resultados</h3><p>A RMI foi significativamente associada a faixa etária maior (66,5 anos vs. 64,1 anos; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,003), hipertensão arterial (92,2% vs. 86,0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,006), insuficiência renal crônica (36.4% vs. 26.0%; <em>p</em> < 0,001), síndrome coronariana aguda (26,3% vs. 21,0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,05), revascularização cirúrgica prévia (16,1% vs. 7,1%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,001), lesões em enxertos venosos (3,4% vs. 1,0%; <em>p</em> < 0,001) e oclusões crônicas (3,3% vs. 1,4%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,005), bem como a menor acesso a stents farmacológicos (57,8% vs. 64,8%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,002). Os resultados clínicos hospitalares não diferiram entre os grupos.</p></div><div><h3>Conclusões</h3><p>A RMI ocorreu em cerca de um terço dos casos tratados, tendo sido observada associação significativa, com um perfil clínico de maior risco e com intervenções em lesões alvo comumente associadas com menor sucesso do procedimento. O grau de revascularização não gerou impacto nos resultados clínicos da fase hospitalar.</p></div><div><h3>Background</h3><p>Complete anatomical myocardial revascularization is associated with better angina control and lower rates of cardiac events. However, in a significant number of patients treated by percutaneous coronary intervention (PCI), complete revascularization is not achieved. Thus, the aim of this study was to evaluate factors associated with incomplete myocardial revascularization (IMR) in multivessel PCI patients.</p></div><div><h3>Methods</h3><p>This was a cohort study involving 1,049 prospectively and consecutively revascularized patients through PCI with treatment of two or more vessels, between 2012 and 2014, divided into two groups: IMR (n<!--> <!-->=<!--> <!-->324; 30.9%) and complete myocardial revascularization (n<!--> <!-->=<!--> <!-->725; 69.1%).</p></div><div><h3>Results</h3><p>IMR was significantly associated with older age (66.5 years vs. 64.1 years; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.003), arterial hypertension (92.2% vs. 86.0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.006), chronic renal failure (36.4% vs. 26.0%; <em>p</em> < 0.001), acute coronary syndrome (26.3% vs. 21.0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.05), previous surgical revascularization (16.1% vs. 7.1%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.001), saphenous venous graft lesions (3.4% vs. 1.0%, <em>p</em> < 0.001), and chronic occlusions (3.3% vs. 1.4%, <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.005), as well as lower access to drug‐eluting stents (57.8% vs. 64.8%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.002). In‐hospital clinical outcomes did not differ between the groups.</p></div><div><h3>Conclusions</h3><p>IMR occurred in approximately one‐third of treated cases, and a significant association was observed with a higher‐risk clinical profile and with target lesion interventions commonly associated with lower procedure success. The degree of revascularization had no impact on in‐hospital clinical outcomes.</p></div>","PeriodicalId":101093,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva","volume":"23 3","pages":"Pages 201-206"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2015-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://sci-hub-pdf.com/10.1016/j.rbci.2016.06.008","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Fatores predisponentes para revascularização angiográfica incompleta em pacientes com intervenção coronária percutânea de múltiplos vasos\",\"authors\":\"Anderson de Melo M. Ataíde, Luiz Fernando Leite Tanajura, Alexandre Antonio C. Abizaid, Marinella P. Centemero, J. Ribamar Costa Jr., Vitor Alves Loures, Andrea Cláudia L. Abizaid, Sérgio Luiz N. Braga, Amanda G. M. R. Sousa, J. Eduardo M. R. Sousa\",\"doi\":\"10.1016/j.rbci.2016.06.008\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"<div><h3>Introdução</h3><p>A revascularização miocárdica anatômica completa está associada a um melhor controle dos sintomas anginosos e a menores índices de eventos cardíacos maiores tardios. No entanto, em substancial número de pacientes tratados por meio de intervenção coronária percutânea (ICP), não logramos sua obtenção. Assim, nosso objetivo foi avaliar os fatores associados à revascularização miocárdica incompleta (RMI) em casos de ICP multiarterial.</p></div><div><h3>Métodos</h3><p>Estudo de coorte envolvendo 1.049 pacientes revascularizados de forma prospectiva e consecutiva por meio de ICP com tratamento de dois ou mais vasos, entre 2012 e 2014, divididos em dois grupos: RMI (n<!--> <!-->=<!--> <!-->324; 30,9%) e revascularização miocárdica completa (n<!--> <!-->=<!--> <!-->725; 69,1%).</p></div><div><h3>Resultados</h3><p>A RMI foi significativamente associada a faixa etária maior (66,5 anos vs. 64,1 anos; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,003), hipertensão arterial (92,2% vs. 86,0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,006), insuficiência renal crônica (36.4% vs. 26.0%; <em>p</em> < 0,001), síndrome coronariana aguda (26,3% vs. 21,0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,05), revascularização cirúrgica prévia (16,1% vs. 7,1%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,001), lesões em enxertos venosos (3,4% vs. 1,0%; <em>p</em> < 0,001) e oclusões crônicas (3,3% vs. 1,4%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,005), bem como a menor acesso a stents farmacológicos (57,8% vs. 64,8%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0,002). Os resultados clínicos hospitalares não diferiram entre os grupos.</p></div><div><h3>Conclusões</h3><p>A RMI ocorreu em cerca de um terço dos casos tratados, tendo sido observada associação significativa, com um perfil clínico de maior risco e com intervenções em lesões alvo comumente associadas com menor sucesso do procedimento. O grau de revascularização não gerou impacto nos resultados clínicos da fase hospitalar.</p></div><div><h3>Background</h3><p>Complete anatomical myocardial revascularization is associated with better angina control and lower rates of cardiac events. However, in a significant number of patients treated by percutaneous coronary intervention (PCI), complete revascularization is not achieved. Thus, the aim of this study was to evaluate factors associated with incomplete myocardial revascularization (IMR) in multivessel PCI patients.</p></div><div><h3>Methods</h3><p>This was a cohort study involving 1,049 prospectively and consecutively revascularized patients through PCI with treatment of two or more vessels, between 2012 and 2014, divided into two groups: IMR (n<!--> <!-->=<!--> <!-->324; 30.9%) and complete myocardial revascularization (n<!--> <!-->=<!--> <!-->725; 69.1%).</p></div><div><h3>Results</h3><p>IMR was significantly associated with older age (66.5 years vs. 64.1 years; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.003), arterial hypertension (92.2% vs. 86.0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.006), chronic renal failure (36.4% vs. 26.0%; <em>p</em> < 0.001), acute coronary syndrome (26.3% vs. 21.0%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.05), previous surgical revascularization (16.1% vs. 7.1%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.001), saphenous venous graft lesions (3.4% vs. 1.0%, <em>p</em> < 0.001), and chronic occlusions (3.3% vs. 1.4%, <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.005), as well as lower access to drug‐eluting stents (57.8% vs. 64.8%; <em>p</em> <!-->=<!--> <!-->0.002). In‐hospital clinical outcomes did not differ between the groups.</p></div><div><h3>Conclusions</h3><p>IMR occurred in approximately one‐third of treated cases, and a significant association was observed with a higher‐risk clinical profile and with target lesion interventions commonly associated with lower procedure success. The degree of revascularization had no impact on in‐hospital clinical outcomes.</p></div>\",\"PeriodicalId\":101093,\"journal\":{\"name\":\"Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva\",\"volume\":\"23 3\",\"pages\":\"Pages 201-206\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2015-07-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"https://sci-hub-pdf.com/10.1016/j.rbci.2016.06.008\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0104184316300376\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0104184316300376","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
完整的解剖心肌血管重建与更好地控制心绞痛症状和降低晚期主要心脏事件的发生率有关。然而,在大量接受经皮冠状动脉介入治疗(pci)的患者中,我们未能实现这一目标。因此,我们的目的是评估多动脉ICP中与不完全心肌血管重建术(imr)相关的因素。方法队列研究包括2012年至2014年期间通过ICP进行连续和前瞻性血管重建的1049例患者,并治疗两根或两根以上的血管,分为两组:RMI组(n = 324;30.9%)和完全心肌血管重建术(n = 725;69 . 1%)。结果imr与年龄较大的人群(66.5岁vs. 64.1岁)显著相关。p = 0.003),动脉高血压(92.2% vs. 86.0%;p = 0.006),慢性肾衰竭(36.4% vs. 26.0%;p <0.001),急性冠状动脉综合征(26.3% vs. 21.0%;p = 0.05),既往手术血管重建(16.1% vs. 7.1%;p = 0.001),静脉移植病变(3.4% vs. 1.0%;p <0.001)和慢性咬合(3.3% vs. 1.4%;p = 0.005),以及获得药物支架的机会较少(57.8% vs. 64.8%;p = 0.002)。两组之间的医院临床结果没有差异。结论在大约三分之一的治疗病例中发生了RMI,并观察到显著的相关性,较高的临床风险和干预目标病变通常与较低的手术成功率相关。血管重建术的程度对医院阶段的临床结果没有影响。BackgroundComplete anatomical心肌revascularization是相关)心绞痛心脏事件的控制和降低利率。然而,在大量经皮冠状动脉介入治疗(PCI)的患者中,完全血管重建术尚未实现。因此,本研究的目的是评估多批PCI患者中与不完全心肌血管重建(IMR)相关的因素。方法是一项队列研究,涉及2012年至2014年期间通过PCI治疗两种或两种以上血管的1049例患者,分为两组:IMR组(n = 324;30.9%)和完全心肌血管重建术(n = 725;69)。结果simr与年龄较大(66.5岁vs. 64.1岁;p = 0.003),高血压(92.2% vs. 86.0%;p = 0.006),慢性肾衰竭(36.4% vs. 26.0%;p <0.001),急性冠状动脉综合征(26.3% vs. 21.0%;既往血管重建手术(16.1% vs. 7.1%);隐静脉移植物病变(3.4% vs. 1.0%, p = 0.001),隐静脉移植物病变(3.4% vs. 1.0%, p = 0.001)0.001),慢性闭塞(3.3% vs. 1.4%, p = 0.005),以及获得药物辅助支架的机会较低(57.8% vs. 64.8%;p = 0.002)。在医院,两组患者的临床结果没有差异。结论:在大约三分之一的治疗病例中,观察到较高的临床风险和目标损伤干预通常与较低的手术成功率有显著关联。血管重建的程度对医院的临床结果没有影响。
Fatores predisponentes para revascularização angiográfica incompleta em pacientes com intervenção coronária percutânea de múltiplos vasos
Introdução
A revascularização miocárdica anatômica completa está associada a um melhor controle dos sintomas anginosos e a menores índices de eventos cardíacos maiores tardios. No entanto, em substancial número de pacientes tratados por meio de intervenção coronária percutânea (ICP), não logramos sua obtenção. Assim, nosso objetivo foi avaliar os fatores associados à revascularização miocárdica incompleta (RMI) em casos de ICP multiarterial.
Métodos
Estudo de coorte envolvendo 1.049 pacientes revascularizados de forma prospectiva e consecutiva por meio de ICP com tratamento de dois ou mais vasos, entre 2012 e 2014, divididos em dois grupos: RMI (n = 324; 30,9%) e revascularização miocárdica completa (n = 725; 69,1%).
Resultados
A RMI foi significativamente associada a faixa etária maior (66,5 anos vs. 64,1 anos; p = 0,003), hipertensão arterial (92,2% vs. 86,0%; p = 0,006), insuficiência renal crônica (36.4% vs. 26.0%; p < 0,001), síndrome coronariana aguda (26,3% vs. 21,0%; p = 0,05), revascularização cirúrgica prévia (16,1% vs. 7,1%; p = 0,001), lesões em enxertos venosos (3,4% vs. 1,0%; p < 0,001) e oclusões crônicas (3,3% vs. 1,4%; p = 0,005), bem como a menor acesso a stents farmacológicos (57,8% vs. 64,8%; p = 0,002). Os resultados clínicos hospitalares não diferiram entre os grupos.
Conclusões
A RMI ocorreu em cerca de um terço dos casos tratados, tendo sido observada associação significativa, com um perfil clínico de maior risco e com intervenções em lesões alvo comumente associadas com menor sucesso do procedimento. O grau de revascularização não gerou impacto nos resultados clínicos da fase hospitalar.
Background
Complete anatomical myocardial revascularization is associated with better angina control and lower rates of cardiac events. However, in a significant number of patients treated by percutaneous coronary intervention (PCI), complete revascularization is not achieved. Thus, the aim of this study was to evaluate factors associated with incomplete myocardial revascularization (IMR) in multivessel PCI patients.
Methods
This was a cohort study involving 1,049 prospectively and consecutively revascularized patients through PCI with treatment of two or more vessels, between 2012 and 2014, divided into two groups: IMR (n = 324; 30.9%) and complete myocardial revascularization (n = 725; 69.1%).
Results
IMR was significantly associated with older age (66.5 years vs. 64.1 years; p = 0.003), arterial hypertension (92.2% vs. 86.0%; p = 0.006), chronic renal failure (36.4% vs. 26.0%; p < 0.001), acute coronary syndrome (26.3% vs. 21.0%; p = 0.05), previous surgical revascularization (16.1% vs. 7.1%; p = 0.001), saphenous venous graft lesions (3.4% vs. 1.0%, p < 0.001), and chronic occlusions (3.3% vs. 1.4%, p = 0.005), as well as lower access to drug‐eluting stents (57.8% vs. 64.8%; p = 0.002). In‐hospital clinical outcomes did not differ between the groups.
Conclusions
IMR occurred in approximately one‐third of treated cases, and a significant association was observed with a higher‐risk clinical profile and with target lesion interventions commonly associated with lower procedure success. The degree of revascularization had no impact on in‐hospital clinical outcomes.