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Tendo, pois, como pano de fundo o horizonte de uma fenomenologia da natureza, o texto, a seguir, explora uma proposição emblemática enunciada por Gabriel Marcel: a ideia da “natureza como espírito nascente”. Para tanto, a fim de melhor compreender o sentido e alcance dessa tese, a exposição se divide em duas partes correlatas: a primeira, retrospectivamente negativa, reconstitui a crítica marceliana ao naturalismo e ao idealismo vistos como dois gestos concêntricos à medida que não atribuem qualquer estatuto ou significação à natureza. A segunda, mais positiva ou propositiva, restitui, numa direção heurística, a experiência matricial da natureza como espírito nascente, ou seja, confere pleno reconhecimento a uma acepção originariamente espiritual da natureza como fenômeno co-nascente.