{"title":"亚马逊红土地壳古磁时代","authors":"A. M. C. Horbe","doi":"10.46357/bcnaturais.v9i1.539","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta os primeiros resultados de datação relativa de crostas lateríticas na Amazônia por meio do emprego de técnicas paleomagnéticas. Para tal estudo, foram selecionadas amostras provenientes de sete localidades representativas da evolução de eventos lateríticos na Amazônia sobre rochas do embasamento Proterozoico e sedimentares Paleozoicas. Para seis dessas ocorrências, as crostas lateríticas se correlacionaram com a curva da deriva continental da América do Sul para eventos posteriores ao Cretáceo. Desse modo, as crostas mais antigas, desenvolvidas sobre as formações Prosperança e Nhamundá (rochas sedimentares do Neoproterozoico e Siluriano Inferior, respectivamente), indicam idades entre 70 e 80 Ma, enquanto que, para as crostas bauxíticas de Miltônia e Trombetas (Formações Alter do Chão e Itapecuru, ambas do Cretáceo Superior) e para as crostas mais recentes e exclusivamente ferruginosas de Manaus (Formação Alter do Chão), indicam-se, respectivamente, idades entre 28-50 Ma e 10 Ma. Tais idades, que são compatíveis com a evolução geológica da lateritização da Amazônia, permitiram identificar, com maior precisão, a cronologia da formação das crostas ferruginosas e bauxíticas e forneceram novos subsídios para delimitar superfícies de exposição e a correlação com a evolução tectônica da região durante o Cenozoico.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-02-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":"{\"title\":\"Idades paleomagnéticas de crostas lateríticas da Amazônia\",\"authors\":\"A. M. C. Horbe\",\"doi\":\"10.46357/bcnaturais.v9i1.539\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho apresenta os primeiros resultados de datação relativa de crostas lateríticas na Amazônia por meio do emprego de técnicas paleomagnéticas. Para tal estudo, foram selecionadas amostras provenientes de sete localidades representativas da evolução de eventos lateríticos na Amazônia sobre rochas do embasamento Proterozoico e sedimentares Paleozoicas. Para seis dessas ocorrências, as crostas lateríticas se correlacionaram com a curva da deriva continental da América do Sul para eventos posteriores ao Cretáceo. Desse modo, as crostas mais antigas, desenvolvidas sobre as formações Prosperança e Nhamundá (rochas sedimentares do Neoproterozoico e Siluriano Inferior, respectivamente), indicam idades entre 70 e 80 Ma, enquanto que, para as crostas bauxíticas de Miltônia e Trombetas (Formações Alter do Chão e Itapecuru, ambas do Cretáceo Superior) e para as crostas mais recentes e exclusivamente ferruginosas de Manaus (Formação Alter do Chão), indicam-se, respectivamente, idades entre 28-50 Ma e 10 Ma. Tais idades, que são compatíveis com a evolução geológica da lateritização da Amazônia, permitiram identificar, com maior precisão, a cronologia da formação das crostas ferruginosas e bauxíticas e forneceram novos subsídios para delimitar superfícies de exposição e a correlação com a evolução tectônica da região durante o Cenozoico.\",\"PeriodicalId\":34868,\"journal\":{\"name\":\"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-02-24\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"3\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i1.539\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v9i1.539","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Idades paleomagnéticas de crostas lateríticas da Amazônia
Este trabalho apresenta os primeiros resultados de datação relativa de crostas lateríticas na Amazônia por meio do emprego de técnicas paleomagnéticas. Para tal estudo, foram selecionadas amostras provenientes de sete localidades representativas da evolução de eventos lateríticos na Amazônia sobre rochas do embasamento Proterozoico e sedimentares Paleozoicas. Para seis dessas ocorrências, as crostas lateríticas se correlacionaram com a curva da deriva continental da América do Sul para eventos posteriores ao Cretáceo. Desse modo, as crostas mais antigas, desenvolvidas sobre as formações Prosperança e Nhamundá (rochas sedimentares do Neoproterozoico e Siluriano Inferior, respectivamente), indicam idades entre 70 e 80 Ma, enquanto que, para as crostas bauxíticas de Miltônia e Trombetas (Formações Alter do Chão e Itapecuru, ambas do Cretáceo Superior) e para as crostas mais recentes e exclusivamente ferruginosas de Manaus (Formação Alter do Chão), indicam-se, respectivamente, idades entre 28-50 Ma e 10 Ma. Tais idades, que são compatíveis com a evolução geológica da lateritização da Amazônia, permitiram identificar, com maior precisão, a cronologia da formação das crostas ferruginosas e bauxíticas e forneceram novos subsídios para delimitar superfícies de exposição e a correlação com a evolução tectônica da região durante o Cenozoico.