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A autora estuda o nascimento do Eu desempoderado em quatro etapas. Na primeira, apresenta o material clínico que será o eixo condutor da discussão, detendo-se na dinâmica intrapsíquica. Em seguida, dá voz à criança que a paciente pode ter sido para que descreva, em primeira pessoa, o modo de presença de seu objeto no vínculo precoce, numa abordagem intersubjetiva. Na terceira parte, mostra como esse modo de presença dificultou a conquista da separação sujeito-objeto e o desenvolvimento de sua autonomia, de seu empoderamento. E, por fim, aborda o trabalho clínico com pacientes que apresentam esse tipo de sofrimento: as principais características do campo transferencial-contratransferencial e algumas pinceladas sobre a estratégia terapêutica.