Marina Águila Nogueira, Paloma Pegolo de Albuquerque
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Preocupações com a aparência e insatisfações com o corpo podem refletir na saúde física e mental dos jovens. Este estudo objetivou compreender as repercussões dos padrões ideais de beleza internalizados pelos adolescentes em sua saúde mental. Para tanto,128 adolescentes, entre 14 e 19 anos, de escolas públicas e particulares, responderam a três instrumentos de pesquisa, e os dados foram analisados quantitativa e qualitativamente. Traços físicos, relacionais e comportamentais foram elencados pelos participantes como indicadores de beleza. Os resultados apontaram que a aparência física é importante (66%) e sentimentos ‘negativos’ (46%) e ‘positivos’ (78%) são suscitados por ela, com anseios e tentativas de mudá-la em 80% da amostra. Violências e exclusões (42%) decorrentes da aparência, assim como sintomas depressivos (31%), ansiogênicos (22%) e distorções da imagem corporal (19%) foram retratados. As análises estatísticas traçaram correlações entre algumas variáveis analisadas, indicando que há relações significativas entre elas. As associações mais frequentes foram entre o sexo e certos sintomas que indicam prejuízo à saúde mental. Conclui-se que padrões de beleza podem influenciar múltiplas vivências cotidianas dos adolescentes, possibilitando repercussões em sua saúde física e mental.