{"title":"三级医院治疗肱骨骨折的经验","authors":"Hemanuelli Samia de Aguiar Barreto, Willer Fellipe Thibério, Rodrigo Delfino Di-Sicco, Gustavo Concon De-Castro, Luis Guilherme Rosifini Alves Rezende, Nilton Mazzer","doi":"10.21270/archi.v12i7.6211","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: As fraturas do úmero apresentam diferentes mecanismos de trauma sendo distribuídas de acordo com o nível de complexidade das lesões associadas. Estes fatores incluem o padrão de cominuição óssea, personalidade da fratura e lesões de partes moles, como lesões de estruturas neurovasculares e falhas de cobertura cutânea. O objetivo deste estudo é apresentar a complexidade das fraturas do úmero em um hospital de nível terciário e as alternativas escolhidas para o seu manejo. Métodos: Estudo retrospectivo, baseado em dados de prontuário de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fraturas do úmero no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022 em um hospital terciário. Resultados: Observamos uma tendência em indivíduos do sexo masculino (p=0,059), maior para fraturas da diáfise do úmero, com diferença estatística para idade (p=0,01) com 42 anos em homens e 53 anos em mulheres. Não houve diferença estatística para a gravidade das Fraturas no úmero proximal (p=0,365), com diferença estatística na complexidade de fraturas da porção distal (p=0,001). O tempo médio até o tratamento definitivo foi de 12 dias, com influência no ponto de corte para complicações (p=0,02). A taxa global de reoperação foi de 18,7%, maior nos casos de úmero proximal e distal devido a infecção. Houve diferença estatística para lesão do nervo radial em fraturas diafisárias (p=0,001). Conclusão: nossos resultados corroboram achados na literatura com discretas alterações no padrão de distribuição epidemiológico e no padrão de complicações, contudo, observamos que o tempo para osteossíntese definitiva pode influenciar nos resultados, apesar de o mesmo depender de estabilização clínica e de partes moles do paciente. Contudo, mais estudos são necessários com grupos de controle.","PeriodicalId":8368,"journal":{"name":"Archives of Health Investigation","volume":"40 6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Experiência de um Hospital Terciário no Tratamento de Fraturas do Úmero\",\"authors\":\"Hemanuelli Samia de Aguiar Barreto, Willer Fellipe Thibério, Rodrigo Delfino Di-Sicco, Gustavo Concon De-Castro, Luis Guilherme Rosifini Alves Rezende, Nilton Mazzer\",\"doi\":\"10.21270/archi.v12i7.6211\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: As fraturas do úmero apresentam diferentes mecanismos de trauma sendo distribuídas de acordo com o nível de complexidade das lesões associadas. 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Experiência de um Hospital Terciário no Tratamento de Fraturas do Úmero
Introdução: As fraturas do úmero apresentam diferentes mecanismos de trauma sendo distribuídas de acordo com o nível de complexidade das lesões associadas. Estes fatores incluem o padrão de cominuição óssea, personalidade da fratura e lesões de partes moles, como lesões de estruturas neurovasculares e falhas de cobertura cutânea. O objetivo deste estudo é apresentar a complexidade das fraturas do úmero em um hospital de nível terciário e as alternativas escolhidas para o seu manejo. Métodos: Estudo retrospectivo, baseado em dados de prontuário de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fraturas do úmero no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022 em um hospital terciário. Resultados: Observamos uma tendência em indivíduos do sexo masculino (p=0,059), maior para fraturas da diáfise do úmero, com diferença estatística para idade (p=0,01) com 42 anos em homens e 53 anos em mulheres. Não houve diferença estatística para a gravidade das Fraturas no úmero proximal (p=0,365), com diferença estatística na complexidade de fraturas da porção distal (p=0,001). O tempo médio até o tratamento definitivo foi de 12 dias, com influência no ponto de corte para complicações (p=0,02). A taxa global de reoperação foi de 18,7%, maior nos casos de úmero proximal e distal devido a infecção. Houve diferença estatística para lesão do nervo radial em fraturas diafisárias (p=0,001). Conclusão: nossos resultados corroboram achados na literatura com discretas alterações no padrão de distribuição epidemiológico e no padrão de complicações, contudo, observamos que o tempo para osteossíntese definitiva pode influenciar nos resultados, apesar de o mesmo depender de estabilização clínica e de partes moles do paciente. Contudo, mais estudos são necessários com grupos de controle.