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A deriva transfóbica do feminismo radical dos anos 1970
Resumo Este artigo, de natureza teórica, analisa a história de construção, no campo feminista, de uma corrente feminista radical, com o objetivo de compreender as tensões e contradições que explicam a emergência de um “novo feminismo radical” cunhado de transfóbico. Buscando caracterizar e contextualizar o feminismo radical (início dos anos 1970) e o novo feminismo radical (fim da década), este estudo é orientado por uma análise dialética que procura identificar as diversas tensões e contradições que explicam, em cada contexto particular, o “movimento” feminista. A partir de uma análise de conteúdo dos textos associados ao feminismo radical e ao novo feminismo radical, buscou-se abordar tanto os pressupostos comuns quanto as divergências internas, tendo-se como referência as questões, controvérsias e críticas que, a cada momento histórico, tensionam o campo feminista. A análise sugeriu que a “nova” radicalidade construída pelo “novo” feminismo radical, a qual elegeu as identidades trans como alvos do combate na luta contra o patriarcado, estaria relacionada à influência crescente de um paradigma identitário particularmente excludente, combinado com uma versão biologizante e essencialista acerca da opressão das mulheres.
期刊介绍:
Varia Historia was founded in 1985, formerly as Revista do Departamento de História, da Universidade Federal de Minas Gerais, Brazil. In 1993, after consolidating its importance in Brazilian academic circles, the journal launched a new era looking forward to broaden its audience and improving its quality, with a new title. Varia Historia is a Latin expression by which we wish to affirm our journal as a vehicle for the diversity and the variety of contemporary historiography.