Alexsandra Francisco Santos, Júlio César Oliveira Dias, Ana Carolina Leite Albeny
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Os ejaculados foram mantidos a temperatura de 37 ºC e realizado análises macroscópicas (volume, cor, aspecto e odor) e microscópicas (motilidade, vigor, concentração e morfologia espermática). Em seguida, os ejaculados foram diluídos em água de coco natural a uma concentração de 200 milhões de espermatozoides/mL, e mantidos à temperatura de 5 °C, por até 72 horas. Nos intervalos de seis, doze, vinte e quatro, trinta e seis, quarenta e oito, e setenta e duas horas, as amostras foram avaliadas quanto a motilidade e vigor espermático. Os ejaculados frescos apresentaram em média volume de 6,2 mL, cor branca, aspecto aquoso a leitoso, odor “sui generis”, motilidade espermática de 89,5 %, vigor espermático 4,3, concentração média de 418 x106 espermatozoides/mL e 7,3% de alterações patológicas. Após o início do resfriamento à 5 ºC, os valores de motilidade e vigor diminuíram com o passar do tempo, sendo os menores valores encontrados após 48 e 72 horas. O diluente a água de coco in natura mostrou-se eficiente para refrigeração de sêmen canino, à 5 ºC, conservando-o por um período de até 36h após a colheita, conforme preconizado pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal.","PeriodicalId":8394,"journal":{"name":"Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"REFRIGERAÇÃO DE SÊMEN CANINO EM MEIO DILUENTE À BASE DE ÁGUA DE COCO (COCOS NUCIFERA) NATURAL.\",\"authors\":\"Alexsandra Francisco Santos, Júlio César Oliveira Dias, Ana Carolina Leite Albeny\",\"doi\":\"10.35172/rvz.2023.v30.1121\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"RESUMO \\nA inseminação artificial em cadelas contribui para o melhoramento genético da espécie, previne algumas doenças sexualmente transmissíveis através da cópula e possibilita a reprodução de animais que não poderiam copular de forma natural, seja por motivos anatômicos, geográficos ou comportamentais. 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REFRIGERAÇÃO DE SÊMEN CANINO EM MEIO DILUENTE À BASE DE ÁGUA DE COCO (COCOS NUCIFERA) NATURAL.
RESUMO
A inseminação artificial em cadelas contribui para o melhoramento genético da espécie, previne algumas doenças sexualmente transmissíveis através da cópula e possibilita a reprodução de animais que não poderiam copular de forma natural, seja por motivos anatômicos, geográficos ou comportamentais. Todavia, nem sempre é possível utilizar o sêmen fresco, sendo assim necessário um diluente para resfriar e mantê-lo viável por determinado período. Diante disso, o objetivo com este trabalho foi analisar o sêmen canino diluído em água de coco e refrigerado, à 5 ºC em diferentes tempos. Foram utilizados cinco cães da raça Hounds do Brasil, realizando três colheitas de sêmen de cada animal, com intervalos de sete dias. Os ejaculados foram mantidos a temperatura de 37 ºC e realizado análises macroscópicas (volume, cor, aspecto e odor) e microscópicas (motilidade, vigor, concentração e morfologia espermática). Em seguida, os ejaculados foram diluídos em água de coco natural a uma concentração de 200 milhões de espermatozoides/mL, e mantidos à temperatura de 5 °C, por até 72 horas. Nos intervalos de seis, doze, vinte e quatro, trinta e seis, quarenta e oito, e setenta e duas horas, as amostras foram avaliadas quanto a motilidade e vigor espermático. Os ejaculados frescos apresentaram em média volume de 6,2 mL, cor branca, aspecto aquoso a leitoso, odor “sui generis”, motilidade espermática de 89,5 %, vigor espermático 4,3, concentração média de 418 x106 espermatozoides/mL e 7,3% de alterações patológicas. Após o início do resfriamento à 5 ºC, os valores de motilidade e vigor diminuíram com o passar do tempo, sendo os menores valores encontrados após 48 e 72 horas. O diluente a água de coco in natura mostrou-se eficiente para refrigeração de sêmen canino, à 5 ºC, conservando-o por um período de até 36h após a colheita, conforme preconizado pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal.