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Abstract
Introdução: A população carcerária feminina só cresce e, concomitantemente, ocorre o aumento da violação de direitos básicos, como o acesso à saúde e à dignidade. Nesse sentido, as questões exclusivas do sexo feminino são negligenciadas e seus problemas tornam-se invisíveis dentro do Sistema Prisional. Relato de Experiência: Foi desenvolvida como ação de extensão da Liga Acadêmica de Ginecologia e Obstetrícia –LAGOB, uma atividade para as reeducandas da Penitenciária Feminina de Guariba. Para isso, 6 membros foram selecionados para acompanharem e realizarem consultas, colherem o exame do Papanicolau, em conjunto com outros voluntários, dentre eles uma médica que iria auxiliar nos atendimentos. A maioria das mulheres relatou queixas referentes à saúde mental, e assim, a escuta ativa foi a ferramenta mais utilizada, por permitir a compreensão de suas realidades, histórias e queixas, e o impacto do abandono por parte de seus familiares e a perda de apoio. Discussão: A atividade permitiu corroborar com os dados encontrados na literatura relacionados à falta de acesso à saúde e outros direitos humanos, evidenciando a relevância dessas ações. Conclusão: O oferecimento dos atendimentos médicos e exames preventivos para essa população é de extrema importância, devido à precariedade do acesso à saúde devido aos benefícios que os atendimentos poderão repercutir em suas vidas. Portanto, a atividade realizada possibilitou a oportunidade de conhecer uma população distante do nosso cotidiano e compreender suas necessidades, para que no nosso futuro possamos agir em prol da saúde de populações negligenciadas.