{"title":"DIÁLOGOS ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA NA OBRA GUERRA NO CORAÇÃO DO CERRADO, DE MARIA JOSÉ SILVEIRA","authors":"M. Torre","doi":"10.18764/2525-3441v7n20.2022.11","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo tem o objetivo de discutir as relações entre história e literatura no romance Guerra no coração do cerrado, da escritora brasileira Maria José Silveira. Para isso, o trabalho se baseia nos seguintes referenciais teóricos, o filósofo Paul Ricoeur e o crítico Hugo Achugar. Defende-se que, ao colocar em diálogo os discursos do passado, o romance traz à tona discursos que são inacabados, pois são contemporâneos ao leitor e propõem uma reflexão sobre a questão do território indígena no Brasil. Além de sugerir a discussão contemporânea acerca desses temas, a narrativa, no que tange a relação da história com a ficção, borra as fronteiras do histórico com o literário, oferecendo sua versão da liderança indígena Damiana. Nesse sentido, o artigo defende que o romance histórico contemporâneo é escrito em nome da atualidade, sendo uma forma de reestruturar o passado em função das necessidades do presente, permitindo compreender que o passado não é fixo, mas que pode ser reelaborado constantemente. Em consequência, os discursos com os quais se interpreta a história, bem como as identidades e os papéis desempenhados por grupos diversos também podem ser reelaborados.\n \n \n ","PeriodicalId":432370,"journal":{"name":"Afluente: Revista de Letras e Linguística","volume":"263 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Afluente: Revista de Letras e Linguística","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18764/2525-3441v7n20.2022.11","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo tem o objetivo de discutir as relações entre história e literatura no romance Guerra no coração do cerrado, da escritora brasileira Maria José Silveira. Para isso, o trabalho se baseia nos seguintes referenciais teóricos, o filósofo Paul Ricoeur e o crítico Hugo Achugar. Defende-se que, ao colocar em diálogo os discursos do passado, o romance traz à tona discursos que são inacabados, pois são contemporâneos ao leitor e propõem uma reflexão sobre a questão do território indígena no Brasil. Além de sugerir a discussão contemporânea acerca desses temas, a narrativa, no que tange a relação da história com a ficção, borra as fronteiras do histórico com o literário, oferecendo sua versão da liderança indígena Damiana. Nesse sentido, o artigo defende que o romance histórico contemporâneo é escrito em nome da atualidade, sendo uma forma de reestruturar o passado em função das necessidades do presente, permitindo compreender que o passado não é fixo, mas que pode ser reelaborado constantemente. Em consequência, os discursos com os quais se interpreta a história, bem como as identidades e os papéis desempenhados por grupos diversos também podem ser reelaborados.
本文旨在探讨巴西作家Maria jose Silveira的小说Guerra no coracao do cerrado中历史与文学的关系。为此,本文以哲学家保罗·利科和评论家雨果·阿丘加的理论为基础。本文认为,通过将过去的话语置于对话中,小说揭示了未完成的话语,因为它们与读者是同时代的,并提出了对巴西土著领土问题的反思。除了建议当代对这些主题的讨论,叙述,关于历史与小说的关系,模糊了历史与文学的边界,提供了它的版本的达米安土著领导。从这个意义上说,本文认为当代历史小说是以现在的名义写的,是一种根据现在的需要重构过去的方式,让我们明白过去不是固定的,而是可以不断地重新阐述的。因此,解释历史的话语,以及不同群体的身份和角色也可以被重塑。