{"title":"O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS DOS DIREITOS HUMANOS EM ANGOLA","authors":"Francisco Alberto Mafuani","doi":"10.47820/acertte.v2i2.61","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A trajetória dos direitos humanos vem recentemente sendo influenciada pela fase de turbulência e radicalização na qual a modernidade ingressou. Muitos teóricos sustentam que a modernidade não se tornou pós, mas se radicalizou e ingressou numa “segunda fase”, de maior complexidade. Ela não se diluiu nem se esgotou mas, em vez disso, tornou-se reflexiva e passou a conviver com o constante desencaixe de seus elementos mais tradicionais, que são reencaixados seguindo uma lógica diferenciada. É como se a modernidade tivesse mergulhado num processo de “autodestruição criativa”, em que “a mudança se impõe meio fora de controle, ora em silêncio, ora estrepitosamente, subvertendo o que estava instituído e questionando a si própria o tempo todo”. Nesse contexto, o Estado-nação, que durante boa parte do século XX posicionou-se como mediador dos conflitos entre capital e trabalho e desempenhou o papel de provedor de melhorias na vida dos pobres e garantidor dos direitos do homem, passará progressivamente, a partir dos anos de 1950-1960, por uma situação de desencaixe.","PeriodicalId":412396,"journal":{"name":"REVISTA CIENTÍFICA ACERTTE - ISSN 2763-8928","volume":"86 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-02-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA CIENTÍFICA ACERTTE - ISSN 2763-8928","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.47820/acertte.v2i2.61","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A trajetória dos direitos humanos vem recentemente sendo influenciada pela fase de turbulência e radicalização na qual a modernidade ingressou. Muitos teóricos sustentam que a modernidade não se tornou pós, mas se radicalizou e ingressou numa “segunda fase”, de maior complexidade. Ela não se diluiu nem se esgotou mas, em vez disso, tornou-se reflexiva e passou a conviver com o constante desencaixe de seus elementos mais tradicionais, que são reencaixados seguindo uma lógica diferenciada. É como se a modernidade tivesse mergulhado num processo de “autodestruição criativa”, em que “a mudança se impõe meio fora de controle, ora em silêncio, ora estrepitosamente, subvertendo o que estava instituído e questionando a si própria o tempo todo”. Nesse contexto, o Estado-nação, que durante boa parte do século XX posicionou-se como mediador dos conflitos entre capital e trabalho e desempenhou o papel de provedor de melhorias na vida dos pobres e garantidor dos direitos do homem, passará progressivamente, a partir dos anos de 1950-1960, por uma situação de desencaixe.