{"title":"REFUGIADOS E AS FRONTEIRAS BRASILEIRAS: ANÁLISES SOBRE A SECURITIZAÇÃO DESSES ESPAÇOS, “CAPACITY BUILDING” E A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS.","authors":"A. S. Corrêa","doi":"10.21665/2318-3888.V6N11P142-172","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho é analisar os espaços de fronteiras e as suas implicações de segurança utilizando uma abordagem mais ampla dos estudos de Segurança Internacional. Ademais, busca-se identificar elementos que configuram a securitização das fronteiras brasileiras e dos imigrantes e refugiados que por ela adentram, estabelecendo relações desse contexto com o panorama atual de proteção e garantia dos direitos humanos por parte do Estado. Utilizamos para o estudo o conceito de “securitização” proposto por autores da Escola de Copenhague, sob uma abordagem construtivista das relações internacionais. Esta abordagem considera que a ameaça à segurança nacional é construída socialmente, e que diversos temas podem ser securitizados. Esta pesquisa se pautou em análises bibliográficas acerca do instituto do refúgio nas Relações Internacionais, sobre o contexto brasileiro de proteção e a realidade das fronteiras brasileira em relação a esses temas e conta ainda com as contribuições do conceito de “Capacity Building” para uma análise sobre a interferência da estrutura estatal na garantia dos direitos humanos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com algumas instituições que lidam com a temática do refúgio e com imigrantes haitianos que vivem na cidade de Dourados (MS). Identificamos várias ações por parte das instituições e da sociedade fronteiriça que demonstram a alta securitização desses espaços e os desdobramentos desse processo na vida de quem solicita refúgio no Brasil.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-10-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ambivalências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.V6N11P142-172","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste trabalho é analisar os espaços de fronteiras e as suas implicações de segurança utilizando uma abordagem mais ampla dos estudos de Segurança Internacional. Ademais, busca-se identificar elementos que configuram a securitização das fronteiras brasileiras e dos imigrantes e refugiados que por ela adentram, estabelecendo relações desse contexto com o panorama atual de proteção e garantia dos direitos humanos por parte do Estado. Utilizamos para o estudo o conceito de “securitização” proposto por autores da Escola de Copenhague, sob uma abordagem construtivista das relações internacionais. Esta abordagem considera que a ameaça à segurança nacional é construída socialmente, e que diversos temas podem ser securitizados. Esta pesquisa se pautou em análises bibliográficas acerca do instituto do refúgio nas Relações Internacionais, sobre o contexto brasileiro de proteção e a realidade das fronteiras brasileira em relação a esses temas e conta ainda com as contribuições do conceito de “Capacity Building” para uma análise sobre a interferência da estrutura estatal na garantia dos direitos humanos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com algumas instituições que lidam com a temática do refúgio e com imigrantes haitianos que vivem na cidade de Dourados (MS). Identificamos várias ações por parte das instituições e da sociedade fronteiriça que demonstram a alta securitização desses espaços e os desdobramentos desse processo na vida de quem solicita refúgio no Brasil.