Ana Clara Carneiro Fernandes de Melo, Isabela Iguatemy Forny, Rayssa Gabriele Vieira Ribeiro
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Abstract
Introdução: A sepse neonatal pode ser definida como uma síndrome clínica decorrente da colonização de líquidos estéreis, como sangue e líquido cefalorraquidiano, por patógenos. As manifestações clínicas inespecíficas produzidas por este quadro gera muita dúvida no diagnóstico e pode levar a administração desnecessária de antimicrobianos e, consequentemente, o aparecimento de germes multirresistentes. Logo, a busca por exames mais sensíveis é fundamental para uma certeza diagnóstica. Objetivo: Discorrer sobre os impasses no diagnóstico da sepse neonatal e o potencial uso de novos biomarcadores. Metodologia: Realizou-se o estudo de revisão bibliográfica baseado em artigos científicos indexados na base de dados Scielo e Pubmed, datados no período de 2011 a 2022, usando os descritores Biomarcadores; Diagnóstico; Sepse Neonatal e sendo selecionados 4 artigos deste intervalo temporal. Resultados: Observou-se que a sepse neonatal pode ser dividida em precoce, com início nas primeiras 72 horas de vida, e tardia, após 72 horas de vida. Ademais, esta patologia pode estar associada a vários desfechos desfavoráveis para os recém-nascidos, como atraso cognitivo e paralisia cerebral, justificando a necessidade de uma rápida confirmação e tratamento, uma vez que a administração desnecessária de antibióticos podem gerar danos. Atualmente, o diagnóstico da sepse neonatal é realizado através da análise conjunta do quadro clínico, técnicas de cultura, hemograma completo e reagentes de fase aguda. Entretanto, existem algumas limitações como sintomas inespecíficos, culturas falso-negativas, interferências na contagem de neutrófilos e variada sensibilidade dos biomarcadores atuais. Para ser considerado um biomarcador ideal é necessário que sua sensibilidade e o seu valor preditivo negativo seja o mais próximo de 100%, além de especificidade e valor preditivo positivo maior que 85%. Assim, recentes exames laboratoriais sugerem uma potencial utilização no diagnóstico da sepse neonatal, como métodos de amplificação para análise molecular, uso da expressão gênica e o estudo de metabolômicos e proteômicos. Conclusão: Portanto, existem desafios no diagnóstico da sepse neonatal a serem superados a fim de uma identificação rápida e correta instituição do tratamento e, assim, diminuir a mortalidade neonatal.