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Abstract
No âmbito social as percepções resultam de demoradas operações de treinamento e de uma disciplina que não se interrompe. A cidade parece ser percebida pelo paradigma do excesso, da saturação, onde o olhar deve estar preparado para muitos estímulos, muitas possibilidades de desvendar significados. O artigo se envereda pela busca desses significados urbanos a partir de diversos registros fotográficos, cujas abordagens teóricas são recontextualizadas sobre um problema específico e os parâmetros de observação baseados num método claramente antidedutivo. São registradas facetas humanas complexas, difíceis, assim como lugares degenerados, associados ao estrago e à deterioração. Os espaços marginais usados por moradores em situação de rua, edifícios abandonados onde reúnem-se usuários de drogas, ou ainda os redutos das práticas libertinas, cada um ao seu modo, causam uma corrupção da paisagem. As várias arquiteturas e os tantos outros lugares integrantes da paisagem urbana não se constituem como elementos isolados, e a eles são possíveis atribuir sentidos (de usos, de experiências, de signos evocativos pelos fragmentos remanescentes, etc.) a partir das pessoas que emprestam distintos ânimos a esses espaços, do corpo social heterogêneo, dessa tão complexa diversidade. Nos vários tipos de comportamentos e vivências, aparecem relações humanas complexas no cenário urbano com atmosfera carregada, contrastes observados na espreita singular de um mundo específico e suas sombras, lugares marcados de forma mais obscura, com certa decrepitude.