Kênnia Rodrigues Tassara, L. Sousa, Bruno Rogério Ferreira, Isa Lucia de Morais, Débora de Jesus Pires
{"title":"MEDICAMENTOS VENCIDOS E/OU ARMAZENADOS NO DOMICÍLIO DE ESTUDANTES E O CORRETO DESCARTE","authors":"Kênnia Rodrigues Tassara, L. Sousa, Bruno Rogério Ferreira, Isa Lucia de Morais, Débora de Jesus Pires","doi":"10.51161/REMS/1465","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O uso exacerbado de medicamentos e a automedicação, por meio de prescrições inadvertidas e aquisição por indicação de conhecidos, propagandas, entre outros, além de outros fatores intrínsecos como o mal armazenamento e uso inadequado, são ações culturais que perduram na sociedade brasileira. É comum nos lares brasileiros a existência da farmácia domiciliar, a qual é definida como o estoque de medicamentos em residências reservado para momentos de necessidade. Dentre os fatores que motivam a farmácia domiciliar estão a venda de medicamentos em quantidades superiores às prescrições médicas, erros de prescrição e dispensação ou mudanças sucessivas de tratamentos, além de perspectiva de uso futuro, óbito do paciente e fornecimento de amostras grátis. Outro agravante aos usos dos medicamentos é o descarte incorreto, o qual, seja por queima, aterro, ou pia e ralos, ocasiona danos ao meio-ambiente, desde a contaminação do solo e água até o aumento de resistência de microrganismos. Objetivo: Neste contexto, a presente pesquisa objetivou quantificar e qualificar por classes terapêuticas os medicamentos vencidos e/ou armazenados no domicílio de estudantes dos cursos técnicos do eixo saúde do Colégio Tecnológico Jerônimo Carlos do Prado, em Goiatuba, GO, e abordar sobre a importância da educação ambiental como ferramenta para o correto descarte desses medicamentos. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de coleta de medicamentos em desuso obtidos da farmácia domiciliar dos estudantes por entrega voluntária e anônima. Resultados: Foram coletados 87 medicamentos, destes 84% estavam com a validade expirada, 69% eram medicamentos prescritos sem retenção de receita e 15% medicamentos de venda livre. A classe terapêutica mais comum foi o anti-inflamatório não-esteroide, seguido dos analgésicos e os antimicrobianos. Conclusão: Observou-se que a prática do armazenamento de medicamentos vencidos é alta entre os estudantes. O uso e a compra consciente de medicamentos reduziriam essa guarda desnecessária com consequente redução de custos. A aquisição racional de medicamentos deve ser um tema imprescindível a ser trabalhado no ensino, em todos os níveis, inclusive nas palestras educativas oferecidas pelas Unidades Básicas de Saúde. A população precisa de educação em saúde para apreender sobre as práticas corretas de armazenamento e descarte de medicamentos.","PeriodicalId":275879,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Saúde On-line","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Saúde On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/REMS/1465","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O uso exacerbado de medicamentos e a automedicação, por meio de prescrições inadvertidas e aquisição por indicação de conhecidos, propagandas, entre outros, além de outros fatores intrínsecos como o mal armazenamento e uso inadequado, são ações culturais que perduram na sociedade brasileira. É comum nos lares brasileiros a existência da farmácia domiciliar, a qual é definida como o estoque de medicamentos em residências reservado para momentos de necessidade. Dentre os fatores que motivam a farmácia domiciliar estão a venda de medicamentos em quantidades superiores às prescrições médicas, erros de prescrição e dispensação ou mudanças sucessivas de tratamentos, além de perspectiva de uso futuro, óbito do paciente e fornecimento de amostras grátis. Outro agravante aos usos dos medicamentos é o descarte incorreto, o qual, seja por queima, aterro, ou pia e ralos, ocasiona danos ao meio-ambiente, desde a contaminação do solo e água até o aumento de resistência de microrganismos. Objetivo: Neste contexto, a presente pesquisa objetivou quantificar e qualificar por classes terapêuticas os medicamentos vencidos e/ou armazenados no domicílio de estudantes dos cursos técnicos do eixo saúde do Colégio Tecnológico Jerônimo Carlos do Prado, em Goiatuba, GO, e abordar sobre a importância da educação ambiental como ferramenta para o correto descarte desses medicamentos. Metodologia: A pesquisa foi realizada através de coleta de medicamentos em desuso obtidos da farmácia domiciliar dos estudantes por entrega voluntária e anônima. Resultados: Foram coletados 87 medicamentos, destes 84% estavam com a validade expirada, 69% eram medicamentos prescritos sem retenção de receita e 15% medicamentos de venda livre. A classe terapêutica mais comum foi o anti-inflamatório não-esteroide, seguido dos analgésicos e os antimicrobianos. Conclusão: Observou-se que a prática do armazenamento de medicamentos vencidos é alta entre os estudantes. O uso e a compra consciente de medicamentos reduziriam essa guarda desnecessária com consequente redução de custos. A aquisição racional de medicamentos deve ser um tema imprescindível a ser trabalhado no ensino, em todos os níveis, inclusive nas palestras educativas oferecidas pelas Unidades Básicas de Saúde. A população precisa de educação em saúde para apreender sobre as práticas corretas de armazenamento e descarte de medicamentos.