{"title":"A fenda do gozo: uma leitura de O Caderno Rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, através da obra Le Plaisir du texte (1973), de Roland Barthes","authors":"F. Miotto","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i30p120-138","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo em questão se propõe a analisar O caderno rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, sob a luz das noções barthesianas presentes na obra O prazer do texto (1973). Mais especificamente, trabalharemos a noção de jouissance (gozo), a fim de verificar a hipótese de que a obra hilstiana se caracterizaria no que Barthes chamou de texte de jouissance (texto de gozo). A porosidade entre os seminários de Lacan e Barthes nos anos 1970 convoca-nos a nos debruçarmos sobre o conceito de gozo para Lacan e também sobre os seus primeiros contornos na obra freudiana. Finalmente, refletiremos sobre como o gozo se configura no texto de Hilst, de modo a questionar de que forma a linguagem erótica/pornográfica de que se utiliza corrobora para a potência da transgressão que visa inaugurar com a obra em questão. A proposta será arregimentada com os pressupostos teóricos de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Georges Bataille, Eliane Robert Moraes, Alcir Pécora, Lúcia Castello Branco, entre outros. A pesquisa pretende-se, portanto, como uma contribuição aos estudos hilstianos e barthesianos no Brasil e na América Latina, revisitando suas obras e suscitando novas (e plurais) leituras acerca desses autores.\n \n ","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Criação & Crítica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p120-138","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O artigo em questão se propõe a analisar O caderno rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst, sob a luz das noções barthesianas presentes na obra O prazer do texto (1973). Mais especificamente, trabalharemos a noção de jouissance (gozo), a fim de verificar a hipótese de que a obra hilstiana se caracterizaria no que Barthes chamou de texte de jouissance (texto de gozo). A porosidade entre os seminários de Lacan e Barthes nos anos 1970 convoca-nos a nos debruçarmos sobre o conceito de gozo para Lacan e também sobre os seus primeiros contornos na obra freudiana. Finalmente, refletiremos sobre como o gozo se configura no texto de Hilst, de modo a questionar de que forma a linguagem erótica/pornográfica de que se utiliza corrobora para a potência da transgressão que visa inaugurar com a obra em questão. A proposta será arregimentada com os pressupostos teóricos de Sigmund Freud, Jacques Lacan, Georges Bataille, Eliane Robert Moraes, Alcir Pécora, Lúcia Castello Branco, entre outros. A pesquisa pretende-se, portanto, como uma contribuição aos estudos hilstianos e barthesianos no Brasil e na América Latina, revisitando suas obras e suscitando novas (e plurais) leituras acerca desses autores.