{"title":"Entre o contar e o cantar do poema-canção: uma leitura/audição da Diáspora, dos Tribalistas","authors":"F. Santana","doi":"10.11606/issn.1984-1124.i31p297-311","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo discute os momentos narrativos e não narrativos na canção Diáspora, do grupo musical brasileiro Tribalistas(2017), observados tanto no interior da sua letra quanto no seu todo melódico, partindo-se da hipótese de que o trânsito pelos dois campos satisfaz um propósito mimético descentralizado, por meio do qual o poeta-compositor abre mão da veiculação da trama única, da linearidade de um relato, para chegar à pluralidade de histórias a partir de alusões, cenas opacas, referências, descrições, discursos diretos, súplicas, junto a toda uma estratégia sonora e rítmica, sobretudo via trabalho percussional. A combinação entre o diegético e o lírico se intensifica no percurso da arte da Modernidade à Pós-modernidade, no modo como o artista se liberta da “necessidade do épico” para exprimir o poético em estruturas intergenéricas, intermidiáticas, intertextuais. Considera-se, enfim, como a Diáspora e a MPB, no geral, conseguem fundir literatura e música, narratividade e livre expressão poética, conto e canto.","PeriodicalId":371417,"journal":{"name":"Revista Criação & Crítica","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Criação & Crítica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i31p297-311","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo discute os momentos narrativos e não narrativos na canção Diáspora, do grupo musical brasileiro Tribalistas(2017), observados tanto no interior da sua letra quanto no seu todo melódico, partindo-se da hipótese de que o trânsito pelos dois campos satisfaz um propósito mimético descentralizado, por meio do qual o poeta-compositor abre mão da veiculação da trama única, da linearidade de um relato, para chegar à pluralidade de histórias a partir de alusões, cenas opacas, referências, descrições, discursos diretos, súplicas, junto a toda uma estratégia sonora e rítmica, sobretudo via trabalho percussional. A combinação entre o diegético e o lírico se intensifica no percurso da arte da Modernidade à Pós-modernidade, no modo como o artista se liberta da “necessidade do épico” para exprimir o poético em estruturas intergenéricas, intermidiáticas, intertextuais. Considera-se, enfim, como a Diáspora e a MPB, no geral, conseguem fundir literatura e música, narratividade e livre expressão poética, conto e canto.