{"title":"EXCLUSÃO EM (DIS)CURSO NOS DIZERES DE MULHERES COM TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS","authors":"Aline Rodrigues Da Silva, C. A. G. D. Nascimento","doi":"10.22456/2594-8962.117242","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Propomos, neste artigo, interpretar como a exclusão manifesta no dizeres de mulheres em situação de transtorno por uso de substâncias psicoativas. Para a problematização, partimos da descrição e interpretação de três recortes enunciativos de textos escritos pelos sujeitos de pesquisa, destacando as marcas discursivas sobre a exclusão a partir da noção de enunciado para traçar uma rede de memória discursiva. Nesse sentido, articulamos a perspectiva discursivo-desconstrutiva (CORACINI, 2007) ao olhar teórico-metodológico da arqueogenealogia (FOUCAULT, 1979; 2009). Pelo viés arqueológico, notamos rastros do discurso da salvação – possibilitado pela Formação Discursiva cristã – e do discurso da proibição – traçado pela materialidade das reticências e dos parênteses. Discursos que ativam, via genealogia, saberes emergentes como os procedimentos discursivos do cuidado de si e da preservação da autoimagem para a desestruturação da família enquanto base. Desta forma, a família se torna uma instituição que corrobora à exclusão, marcada pelo que interpretamos como hostipitalidade, uma vez que produz efeitos de verdade sobre as mulheres que usam substâncias psicoativas.Palavras-chave: Discurso. Mulheres. Substâncias psicoativas.","PeriodicalId":126634,"journal":{"name":"Revista Conexão Letras","volume":"621 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Conexão Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2594-8962.117242","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Propomos, neste artigo, interpretar como a exclusão manifesta no dizeres de mulheres em situação de transtorno por uso de substâncias psicoativas. Para a problematização, partimos da descrição e interpretação de três recortes enunciativos de textos escritos pelos sujeitos de pesquisa, destacando as marcas discursivas sobre a exclusão a partir da noção de enunciado para traçar uma rede de memória discursiva. Nesse sentido, articulamos a perspectiva discursivo-desconstrutiva (CORACINI, 2007) ao olhar teórico-metodológico da arqueogenealogia (FOUCAULT, 1979; 2009). Pelo viés arqueológico, notamos rastros do discurso da salvação – possibilitado pela Formação Discursiva cristã – e do discurso da proibição – traçado pela materialidade das reticências e dos parênteses. Discursos que ativam, via genealogia, saberes emergentes como os procedimentos discursivos do cuidado de si e da preservação da autoimagem para a desestruturação da família enquanto base. Desta forma, a família se torna uma instituição que corrobora à exclusão, marcada pelo que interpretamos como hostipitalidade, uma vez que produz efeitos de verdade sobre as mulheres que usam substâncias psicoativas.Palavras-chave: Discurso. Mulheres. Substâncias psicoativas.