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Abstract
DAS MINAS, ROSA: UM INTÉRPRETE DO BRASIL
RESUMO:
Este artigo discute a viabilidade de a literatura ser um arquivo, registro e interpretação de um imaginário, cultura e sociedade. Não obstante a literatura roseana tratar das experiências humanas entre os sortilégios de destino naquele Norte das Minas Gerais, também é inserida em outros espaços e tempos nos quais vicejam homens no jogo do tabuleiro da vida. Dessa maneira, reflete-se sobre a tradição de uma compreensão do sagrado e da religiosidade popular brasileira na metade do século XX. Os dois textos literários basilares são o “Grande Sertão: Veredas”, e uma obra da juventude: “Chronos kai Anagké: a mais extraordinária história do Xadrez explicada a adeptos ou não adeptos do tabuleiro”. Para isso, o romance e o conto em questão são registros literários de uma acumulação cultural, uma perspectiva da experiência humana em sua formação de camadas de mistérios e espantos de uma humanidade brasileira. Levantam-se as hipóteses a partir de três problemas básicos a serem trabalhados adiante: 1. A literatura de João Guimarães Rosa pode dialogar com outras ciências para a aproximação de uma possível fenomenologia do sagrado brasileiro? 2. Pode a literatura roseana, que transita entre ficção e realidade, regionalismo e universalismo, ser um acervo, registro e intérprete de um imaginário religioso brasileiro? 3. Se sim, Guimarães Rosa é um intérprete do Brasil? Será apresentado neste artigo que João Guimarães Rosa (1908-1967) é um intérprete da cultura e sociedade na literatura brasileira.
PALAVRAS-CHAVE: Rosa; Minas; Cultura; Literatura; Intérprete.