{"title":"A “Speleologia” de Antonio Olyntho dos Santos Pires e o Centenário da Independência do Brasil (1922)","authors":"C. E. Martins, Celso Dal Ré Carneiro, A. D. Abreu","doi":"10.20396/td.v18i00.8669082","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"“O texto “Speleologia”, foi publicado por Antonio Olyntho dos Santos Pires, na obra Geographia do Brasil Commemorativa do Primeiro Centenario da Independencia (1822-1922). Num contexto de grandes transformações, a proposta era a de tratar cientificamente as cavernas à luz de “Speleologia”, a exemplo da Europa e dos EUA, suplantando as visões teológicas e supersticiosas do passado colonial sobre as cavernas. Pires citou os trabalhos de Peter Lund e Ricardo Krone, em cavernas mineiras e paulistas, respectivamente, como exemplos de racionalidade e objetividade que ele desejava para o país. Assim, “Speleologia” era uma contribuição para conduzir do Brasil à condição de país moderno e civilizado. Considerando o contexto da publicação e o ponto de vista de Pires, deduz-se que “Speleologia” seria uma espécie de “lugar de memória” (Nora, 2008), isto é, um objeto material e/ou imaterial, considerado peça-chave na constituição da memória nacional republicana.","PeriodicalId":285867,"journal":{"name":"Terrae Didatica","volume":"31 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Terrae Didatica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/td.v18i00.8669082","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
“O texto “Speleologia”, foi publicado por Antonio Olyntho dos Santos Pires, na obra Geographia do Brasil Commemorativa do Primeiro Centenario da Independencia (1822-1922). Num contexto de grandes transformações, a proposta era a de tratar cientificamente as cavernas à luz de “Speleologia”, a exemplo da Europa e dos EUA, suplantando as visões teológicas e supersticiosas do passado colonial sobre as cavernas. Pires citou os trabalhos de Peter Lund e Ricardo Krone, em cavernas mineiras e paulistas, respectivamente, como exemplos de racionalidade e objetividade que ele desejava para o país. Assim, “Speleologia” era uma contribuição para conduzir do Brasil à condição de país moderno e civilizado. Considerando o contexto da publicação e o ponto de vista de Pires, deduz-se que “Speleologia” seria uma espécie de “lugar de memória” (Nora, 2008), isto é, um objeto material e/ou imaterial, considerado peça-chave na constituição da memória nacional republicana.