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Abstract
Este ensaio propõe examinar a cartografia da desilusão que transparece nas obras do escritor porto alegrense Daniel Galera. Se analisará dois dos seus romances, Mãos de cavalo (2006) e Meia-noite e vinte (2016). Em ambas obras encontramos protagonistas jovens e desiludidos, que transitam pelas ruas da capital gaúcha. Em ambos romances se pode ler este trânsito como uma metáfora de uma busca por um projeto de futuro – projeto este que não se cumpre de forma satisfatória. O tom melancólico dos dois romances sugere uma falta de horizontes utópicos tanto no plano pessoal, como no social e político. Para os protagonistas de ambos textos, a ideia de futuro se apresenta limitada, atrelada a uma cartografia urbana igualmente truncada tanto geográfica como simbolicamente. O ensaio propõe, portanto, a leitura do espaço urbano contemporâneo como o de uma territorialidade (Storey) da crise – do sujeito e do social.