{"title":"MODELOS DE NEGÓCIOS: A CONEXÃO ENTRE ESTRATÉGIA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE","authors":"F. A. Salum, K. G. Coleta, H. Lopes","doi":"10.5752/P.2236-0603.2019V9N17P1-21","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A pesquisa sobre modelos de negócios (MN) tem ganhado crescente relevância entre gestores e acadêmicos mesmo diante de discordâncias sobre sua definição e fundamentação teórica. Entretanto, estas divergências contribuem para a sobreposição do conceito de modelos de negócios e outros conceitos correlatos como, por exemplo, estratégia e inovação. Diante disto, o presente trabalho diferencia tais conceitos, partindo da aplicação do framework Escolhas e Consequências (E/C) de Casadesus-Masanell e Ricart (2010) na empresa A.Yoshii Engenharia como um caso ilustrativo. Apesar da difusão do framework Business Model Canvas (BMC) de Osterwalder e Pigneur (2011), especialmente entre as empresas nascentes, a aplicação do framework E/C justifica-se por sua visão abrangente e parcimoniosa para o entendimento do MN praticado pela empresa analisada. Além disto, o alinhamento da base conceitual e teórica, presente no framework E/C, com os fundamentos da corrente de estudos da organização industrial é consistente e aderente ao pensamento presente na unidade empresarial analisada. Fato este que reforça a importância de se desenvolver MN sustentáveis e longevos. Com isto, o MN é apresentado como um reflexo das escolhas estratégicas da organização acerca da criação de valor em face das mudanças no ambiente. Portanto, conclui-se que a estratégia é uma noção abrangente que envolve e determina o MN, e este pode servir de base para – mas não se confunde com – os modelos de inovação e sustentabilidade. Nesta perspectiva, o MN representa um nível de análise intermediário que permite visualizar, interpretar e distinguir a conexão dinâmica entre os conceitos.","PeriodicalId":195453,"journal":{"name":"Percurso Acadêmico","volume":"93 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Percurso Acadêmico","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5752/P.2236-0603.2019V9N17P1-21","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A pesquisa sobre modelos de negócios (MN) tem ganhado crescente relevância entre gestores e acadêmicos mesmo diante de discordâncias sobre sua definição e fundamentação teórica. Entretanto, estas divergências contribuem para a sobreposição do conceito de modelos de negócios e outros conceitos correlatos como, por exemplo, estratégia e inovação. Diante disto, o presente trabalho diferencia tais conceitos, partindo da aplicação do framework Escolhas e Consequências (E/C) de Casadesus-Masanell e Ricart (2010) na empresa A.Yoshii Engenharia como um caso ilustrativo. Apesar da difusão do framework Business Model Canvas (BMC) de Osterwalder e Pigneur (2011), especialmente entre as empresas nascentes, a aplicação do framework E/C justifica-se por sua visão abrangente e parcimoniosa para o entendimento do MN praticado pela empresa analisada. Além disto, o alinhamento da base conceitual e teórica, presente no framework E/C, com os fundamentos da corrente de estudos da organização industrial é consistente e aderente ao pensamento presente na unidade empresarial analisada. Fato este que reforça a importância de se desenvolver MN sustentáveis e longevos. Com isto, o MN é apresentado como um reflexo das escolhas estratégicas da organização acerca da criação de valor em face das mudanças no ambiente. Portanto, conclui-se que a estratégia é uma noção abrangente que envolve e determina o MN, e este pode servir de base para – mas não se confunde com – os modelos de inovação e sustentabilidade. Nesta perspectiva, o MN representa um nível de análise intermediário que permite visualizar, interpretar e distinguir a conexão dinâmica entre os conceitos.