{"title":"Reconfigurar as imagens e filmar o inimigo:","authors":"Márcio Zanetti Negrini, Guilherme Fumeo Almeida","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27888","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo pretende compreender como o documentário Excelentíssimos (Douglas Duarte, 2018) reflete a construção midiática da comoção social em apoio ao impeachment de Dilma Rousseff, considerando as ressonâncias para a ascensão de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. A construção metodológica é constituída pela análise fílmica, sendo selecionadas sequências do longa-metragem a fim de destacar a inter-relação de suas imagens sob dois aspectos preponderantes e correspondentes entre si. O primeiro é desenvolvido a partir da análise das emoções em cena e as reconfigurações das imagens do inimigo, com base nas discussões de Comolli (2008) e Didi-Huberman (2018), enquanto o segundo, também a partir de Comolli, enfatiza elementos que apresentam a encenação performática e as emoções evocadas para a concretização de um golpe com semblante institucional. \n ","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista ECO-Pós","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27888","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo pretende compreender como o documentário Excelentíssimos (Douglas Duarte, 2018) reflete a construção midiática da comoção social em apoio ao impeachment de Dilma Rousseff, considerando as ressonâncias para a ascensão de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. A construção metodológica é constituída pela análise fílmica, sendo selecionadas sequências do longa-metragem a fim de destacar a inter-relação de suas imagens sob dois aspectos preponderantes e correspondentes entre si. O primeiro é desenvolvido a partir da análise das emoções em cena e as reconfigurações das imagens do inimigo, com base nas discussões de Comolli (2008) e Didi-Huberman (2018), enquanto o segundo, também a partir de Comolli, enfatiza elementos que apresentam a encenação performática e as emoções evocadas para a concretização de um golpe com semblante institucional.