Cláudio Albuquerque Frate, Paulo César Marques de Carvalho, Rafael Amaral Shayani
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Abstract
Instalar painéis fotovoltaicos (FV) em telhados é cada vez mais barato, confiável, seguro e bem aceito nas cidades. O Brasil, desde o estabelecimento do mecanismo de compensação de energia em 2012, tem superado as previsões de expansão de sistemas FV em telhados. Entretanto, se observa que mesmo com o suporte do mecanismo de compensação, a expansão ocorre de forma desproporcional entre as diferentes modalidades de geração distribuída. Tal desproporcionalidade tende a se perpetuar, uma vez que não são claras as barreiras e as racionalidades que balizam os potenciais adotantes durante seus processos decisórios. Neste contexto, o objetivo da presente pesquisa é identificar tais barreiras e racionalidades a partir das vozes de diferentes especialistas envolvidos na difusão da tecnologia FV em condomínios residenciais verticais de Brasília. Foram identificadas e avaliadas a relevância de diversas barreiras de diferentes naturezas a partir de uma revisão bibliográfica, de entrevistas e da aplicação de instrumento quali-quantitavo de pesquisa. A presente pesquisa mostra que algumas barreiras e facilitadores vistos em grandes e importantes cidades do mundo também se encontram em Brasília. Conclui-se que os condomínios residenciais têm como barreiras: a crise política-financeira, os aumentos de custos de equipamentos solares e a alta taxa de ocupação por inquilinos em condomínios residenciais. Contudo, se a alta taxa de ocupação por inquilinos representa uma barreira para adoção, a presença de telhados FV em condomínios representa um diferencial para locação de apartamentos. Pode-se também afirmar que, durante o processo de adoção, o argumento de redução do valor da conta de condomínio supera em convencimento os argumentos de cunho ambientais-climáticos.