{"title":"A QUIMERA DO DESENVOLVIMENTO EM QUESTÃO: 8 teses contemporâneas e o mundo pandêmico","authors":"C. Plein","doi":"10.48075/rfc.v23i38.28350","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste ensaio é revisitar teses contemporâneas sobre desenvolvimento e realizar um exercício de interpretação da pandemia do Coronavírus. O método consiste em revisão bibliográfica das teses de Douglass North, Amartya Sen, Jared Diamond, Karl Polanyi, Sérgio Boisier, Ignacy Sachs, Gilberto Dupas e Alberto Acosta, para então estabelecer uma comparação das suas interpretações e considerar a aplicação de seus referenciais em relação à pandemia. Como principais resultados percebe-se que estes autores alertam para as seguintes questões: i) A matriz institucional é fator determinante em relação ao modo como é feito o enfrentamento da pandemia; ii) A pandemia nos privou de um conjunto de liberdades substantivas; iii) O surgimento de doenças pode ser lido como uma reação da natureza em função da forma como a sociedade vive em que a saúde sempre é colocada em segundo plano; iv) Muitas pessoas conseguiram reagir às diferentes crises causadas pela pandemia, entretanto, o papel do Estado é central no processo; v) As características regionais são decisivas no enfrentamento da pandemia, passando por questões ambientais, econômicas, sociais e políticas; vi) O enfrentamento da pandemia precisa conciliar as dimensões econômica, social, ambiental, política e territorial; vii) É necessário reconstruir o equilíbrio entre indivíduo, sociedade e a natureza com um novo estilo de vida; viii) A pandemia demonstrou a incapacidade do sistema capitalista, associado à ciência e a tecnologia, em lidar com os problemas ambientais e sociais decorrentes, pois, mais uma vez, os mais pobres é que sofrem os maiores prejuízos.","PeriodicalId":350411,"journal":{"name":"Revista Faz Ciência","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-10-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Faz Ciência","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/rfc.v23i38.28350","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste ensaio é revisitar teses contemporâneas sobre desenvolvimento e realizar um exercício de interpretação da pandemia do Coronavírus. O método consiste em revisão bibliográfica das teses de Douglass North, Amartya Sen, Jared Diamond, Karl Polanyi, Sérgio Boisier, Ignacy Sachs, Gilberto Dupas e Alberto Acosta, para então estabelecer uma comparação das suas interpretações e considerar a aplicação de seus referenciais em relação à pandemia. Como principais resultados percebe-se que estes autores alertam para as seguintes questões: i) A matriz institucional é fator determinante em relação ao modo como é feito o enfrentamento da pandemia; ii) A pandemia nos privou de um conjunto de liberdades substantivas; iii) O surgimento de doenças pode ser lido como uma reação da natureza em função da forma como a sociedade vive em que a saúde sempre é colocada em segundo plano; iv) Muitas pessoas conseguiram reagir às diferentes crises causadas pela pandemia, entretanto, o papel do Estado é central no processo; v) As características regionais são decisivas no enfrentamento da pandemia, passando por questões ambientais, econômicas, sociais e políticas; vi) O enfrentamento da pandemia precisa conciliar as dimensões econômica, social, ambiental, política e territorial; vii) É necessário reconstruir o equilíbrio entre indivíduo, sociedade e a natureza com um novo estilo de vida; viii) A pandemia demonstrou a incapacidade do sistema capitalista, associado à ciência e a tecnologia, em lidar com os problemas ambientais e sociais decorrentes, pois, mais uma vez, os mais pobres é que sofrem os maiores prejuízos.